sexta-feira, 27 de março de 2015

Agripino silencia sobre investigação e volta a criticar governo petista. Agripino mantém a linha dura com relação à gestão Dilma Rousseff e evita falar da denúncia de corrupção envolvendo o nome dele

SINAL FECHADO

TYIETEE
Senador e presidente nacional do Democratas, José Agripino, se pronunciou publicamente nesta quarta-feira. Contudo, nada de falar sobre a Operação Sinal Fechado, a qual ele é investigar por corrupção porque, segundo réus do processo, teria recebido R$ 1 milhão de propina para garantir a inspeção veicular no RN. Agripino abriu a boca para, mais uma vez, criticar a gestão Dilma Rousseff.

Pelo menos, desta vez, Agripino mudou o tom do discurso e não reclamou dos casos de corrupção – no último dia 15, ele foi um dos manifestantes que foram para as ruas criticar as denúncias envolvendo o governo federal. “A redução no número de órgãos públicos é uma tese que defendo com posições e projetos apresentados há anos. Parece que a presidente finalmente percebeu que seu governo quebrou o Brasil”, criticou o senador.

Crítico contumaz ao uso da máquina pública para acomodar aliados políticos, Agripino apresentou proposta de emenda à Constituição (PEC 34/2013) que tornava mais rigorosa a criação de estatais, ministérios e órgãos públicos no país. A matéria foi rejeitada durante votação em plenário, em março de 2014, por governistas. Hoje, o governo Dilma conta com 39 cargos com status de ministro – segundo o parlamentar, grande parte utilizada como moeda de troca entre governo e base aliada.

A PEC de Agripino propunha que a criação de empresas estatais, autarquias ou ministérios não fosse mais possível por decreto, medida provisória ou lei ordinária, como ocorre atualmente. Seria possível apenas por lei complementar, que exige o voto de 41 senadores e 257 deputados federais. “O que queríamos com a aprovação da PEC? Evitar que se repetissem os abusos que ocorrem nos últimos 12 anos: a fundação de empresas, autarquias, ministérios, que ainda não disseram a que vieram, além da barganha política com a distribuição de cargos”, contou Agripino.

Para o democrata, o fato de a presidente Dilma estudar a possibilidade de reduzir o número de pastas deve-se também à pressão da sociedade, que exige a contenção dos gastos públicos desnecessários, principalmente pelo fato de o Brasil estar passando por um momento econômico preocupante. “Acende-se a esperança de que a voz das ruas esteja mexendo com a cabeça da presidente Dilma”, destacou o presidente do DEM.

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