sexta-feira, 27 de março de 2015

“Forças que mataram Getúlio querem tirar Dilma Rousseff do Poder.” Integrante do PC do B crítica atuação dos “reacionários” no Brasil

EM DEFESA

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Joaquim Pinheiro
Repórter de Política

Discursos de apoio ao governo petista, críticas à oposição brasileira e registros históricos à trajetória do PC do B, marcaram a passagem de aniversário do partido – 193 anos – na noite desta última terça-feira na Câmara Municipal de Natal com a presença do presidente da legenda, Antenor Roberto, vereador/secretário George Câmara dos Esportes, adjunto Canindé França, vereador do PC do B, Cabo Jeoás (que presidiu o encontro), secretária Justina Iva, palestrantes,militantes e novos filiados da legenda comunista, entre eles, o jornalista Breno Perruci, presidente do Sindicato dos Jornalistas e Raimundo Nonato, procurador do Estado.

O primeiro a falar foi o vereador George Câmara fazendo um discurso eminentemente ideológico abordando sucintamente a trajetória do PC do B e defendendo os governos petistas e a permanência da aliança com a presidente Dilma Rousseff. “As forças reacionárias querem tirar Dilma do Poder. São os mesmos que levaram Getúlio ao suicídio, tentaram fazer a mesma coisa com Juscelino e João Goulart”, disse ele, lembrando que atualmente o Brasil é respeitado no exterior resultado de uma política diplomática instituída a partir do governo Lula. Antenor Roberto, presidente estadual da legenda, destacou o crescimento do partido e sua longevidade, segundo ele, “apesar da mídia opressora”.

Ainda segundo Antenor Roberto há uma crise de natureza político/econômica no Brasil e ao atual governo “está nas cordas”, mas “o PC do B não desistirá de Dilma Rousseff”. Antenor Roberto entende ser preciso chamar o governo para enfrentar a crise e não se esconder do debate. “É preciso dizer que quem tem de pagar a crise são os ricos e não os trabalhadores”, disse ele. Justina Iva, atual secretária de Educação do Município disse que o PC do B tem compromisso com a ética.

Professor  do PC do B: “Dilma tem sido uma decepção para o crescimento econômico”
Os professores da UFRN, Anderson dos Santos (especialista em gestão pública) e Wellington Duarte, abordaram temas econômicos inseridos no contexto político vivenciado pelo Brasil atualmente, além da sindicalista Fátima Viana, que fez uma análise das conjunturas, nacional e estadual. Todos evidenciando a crise vivida pelo País e suas consequências. Anderson dos Santos afirmou: “o Brasil enfrenta a armadilha da renda média com crescimento de baixa renda de não consegue a renda alta. É preciso continuar combatendo as desigualdades e fazer com que aumente o PIB para se aproximar da alta renda. Disse também, que as dificuldades são de ordem econômica e financeira.

“Não podemos cair no conto de que o País está quebrado”, disse ele, lembrando ser preciso evitar novos erros e esperar pelo resultado dos ajustes propostos pelo governo. “O governo não pode mais errar”, ressaltou, dizendo por fim, que o governo Dilma Rousseff “tem sido uma decepção no que se refere ao crescimento econômico”.  Entretanto, destaca o passado da presidente, que segundo ele, enfrentou dificuldades e venceu. Referindo-se ao governo Lula, o professor Anderson dos Santos destacou a recomposição do salário mínimo, segundo ele, “perdida em décadas passadas”. Para melhorar os índices sociais o professor sugere: “aperfeiçoar o sistema de transportes, melhor comunicação com acesso à produção de produtos através da internet, políticas de reconhecimento, atuando junto as comunidades para que elas participem das decisões políticas”.

O professor Wellington Duarte citando 3 cenários no momento: “o internacional, que a mídia diz ter acabado, mas não acabou. A crise internacional está mantida e é uma variável que não se pode esquecer”, disse ele, citando como exemplo as commodities do petróleo. “A mídia brasileira é míope”, critica o professor, afirmando ainda, que o cenário piorou por equívocos praticados pelo atual governo, através do ministro Guido Mantega. “O Brasil está copiando o que deu errado na Europa”, observa, considerando o governo “ambíguo”.

Por fim, Wellington Dantas culpou a oposição: “há dificuldades, mas não se pode embarcar no discurso da oposição. O governo tem que dá ênfase a investimentos criando o PAC III, IV, V e disseminar o conhecimento para gerar renda. Não se pode deixar que o trabalhador pague pelos desvios”. E concluiu o professor do PC do B: “o regime democrático deve muito ao Partido Comunista do Brasil, que não vai deixar a oposição revolucionária tomar o Poder”. A sindicalista Fátima Viana constata que “o mundo está em transição com momentos marcados por cenários de instabilidade e belicista. Falou também sobre o Mercosul, Unasul e Brics. (JP)

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