Se a sessão do Conselho de Ética for retomada nesta
terça-feira, 01, parlamentares alinhados ao presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já têm protocolados três requerimentos de
adiamento da votação. Os pedidos pedem adiamento da análise por cinco,
quatro e três dias do parecer que pede a continuidade do processo por
quebra de decoro parlamentar contra Cunha.
Os
requerimentos foram apresentados pelos líderes Genecias Noronha (SD-CE) e
André Moura (PSC-SE) e pelo conselheiro Manoel Júnior (PMDB-PB). Os
parlamentares integram o grupo que defende o arquivamento da ação
disciplinar contra o presidente da Câmara
Na
avaliação da ala contrária ao peemedebista, a "tropa de choque" de Cunha
não teria votos suficientes para livrá-lo da continuidade da ação se a
votação for nesta terça-feira. "Temos votos para ganhar", comemorou um
conselheiro que defende a continuidade da ação.
As
chances de o colegiado votar hoje o parecer do relator Marcos Rogério
(PDT-RO) fez com que a ala governista passasse a tarde tentando esvaziar
a sessão do plenário principal, de modo a impedir que houvesse quórum
suficiente para que Cunha abrisse a ordem do dia. Pelo regimento, o
início das votações no plenário principal impede a deliberação nas
comissões. A manobra não deu certo e, nos instantes finais da reunião do
Conselho de Ética, os trabalhos tiveram de ser suspensos.
O
presidente do conselho, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), disse
estar disposto a retomar a sessão a qualquer hora do dia, assim que
acabarem as votações em plenário. "(Hoje) não há mais espaço para
manobras", observou o relator Marcos Rogério.
Caso
contrário, já existe uma sessão agendada para amanhã, às 9h30, para
retomar a votação. Se a votação ficar para amanhã, haverá espaço
novamente para que deputados manobrem com questões de ordem e pedido de
líderes para discursar longamente na sessão (colaborou Daniel Carvalho)
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