DIPLOMACIA
HANGZHOU - O presidente Michel Temer minimizou neste sábado os
protestos realizados no Brasil contra o impeachment. Segundo ele, são
grupos pequenos e de depredadores. Em Hangzhou, onde participará da
cúpula do G-20, disse que insiste no discurso da pacificação.
—
Vou insistir nesse discurso. Na verdade, são pequenos grupos, parece que
são grupos mínimos, né? Não são movimentos populares de muito peso. Não
tenho numericamente, mas são 40, 50, 100 pessoas, nada mais do que
isso. Agora, no conjunto de 204 milhões de brasileiros, acho que isso é
inexpressivo.
O presidente disse que o que preocupa é quando a manifestação se confunde com depredação:
—
O que preocipa, isto sim, é que se confunde o direito à manifestação
com o direito à depredação. O que está se exercendo lá é um direito que
não existe no nosso sistema, que é o direito à depredação. Não vejo
movimentos que digam, sim... ‘Fora Temer’, tudo bem, é um movimento
democrático.
O presidente considera as manifestações "mais do que
naturais em face de um instante politicamente mais complicado que foi a
decretação do impedimento" e admitiu que não espera uma pacificação no
primeiro dia.
— Pacificar logo no primeiro dia? É absolutamente impossível — disse.
Ele
insistiu que é natural que alguns grupos de reúnam para protestar, mas
que considera os protestos recentes como tendo sido realizados por
grupos pequenos e de depredadores:
— Não foi uma manifestação
democrática. Manifestação democrática é aquela que pode eventualmente
sair as ruas e pregar uma ideia. Quando se trata de depredação, não,
isso daí não está previsto na ordem normativa. Não há uma norma
constitucional ou legal que autorize a depredação. E o que está
acontecendo lá são movimentos depredatórios.
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