sábado, 3 de setembro de 2016

Na China, Temer minimiza protestos contra impeachment

DIPLOMACIA
 Presidente Michel Temer durante encontro com o presidente da República Popular da China, Xi Jinping
HANGZHOU - O presidente Michel Temer minimizou neste sábado os protestos realizados no Brasil contra o impeachment. Segundo ele, são grupos pequenos e de depredadores. Em Hangzhou, onde participará da cúpula do G-20, disse que insiste no discurso da pacificação.

— Vou insistir nesse discurso. Na verdade, são pequenos grupos, parece que são grupos mínimos, né? Não são movimentos populares de muito peso. Não tenho numericamente, mas são 40, 50, 100 pessoas, nada mais do que isso. Agora, no conjunto de 204 milhões de brasileiros, acho que isso é inexpressivo.

O presidente disse que o que preocupa é quando a manifestação se confunde com depredação:

— O que preocipa, isto sim, é que se confunde o direito à manifestação com o direito à depredação. O que está se exercendo lá é um direito que não existe no nosso sistema, que é o direito à depredação. Não vejo movimentos que digam, sim... ‘Fora Temer’, tudo bem, é um movimento democrático.

O presidente considera as manifestações "mais do que naturais em face de um instante politicamente mais complicado que foi a decretação do impedimento" e admitiu que não espera uma pacificação no primeiro dia.

— Pacificar logo no primeiro dia? É absolutamente impossível — disse.
Ele insistiu que é natural que alguns grupos de reúnam para protestar, mas que considera os protestos recentes como tendo sido realizados por grupos pequenos e de depredadores:

— Não foi uma manifestação democrática. Manifestação democrática é aquela que pode eventualmente sair as ruas e pregar uma ideia. Quando se trata de depredação, não, isso daí não está previsto na ordem normativa. Não há uma norma constitucional ou legal que autorize a depredação. E o que está acontecendo lá são movimentos depredatórios.

Vivian Oswald, Enviada Especial - O Globo

Nenhum comentário:

Postar um comentário