Ao fim da chamada “Tomada de Caracas”, cerca de 400 pessoas se mobilizaram para a Francisco Fajardo, principal via da capital venezuelana, que estava fora das rotas traçadas pela liderança opositora.
Um grupo de encapuzados jogou pedras nos agentes, que responderam com balas e bombas de gás lacrimogêneo. Os manifestantes devolveram o ataque. Até o momento, esse confronto parece ter sido um episódio isolado.
“Atentos! Denunciamos a presença de infiltrados (…) pedindo a tomada da autoestrada em Las Mercedes”, denunciou a aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), no Twitter, que já havia comemorado o fato de a marcha ter acontecido de forma pacífica.
Próximos passos
A oposição luta para conseguir o referendo ainda em 2016. Se a consulta popular for realizada antes de janeiro e os venezuelanos decidirem pela saída de Maduro, novas eleições seriam marcadas, seguindo o que manda a Constituição. Se os chavistas esticarem a convocação do referendo para o ano que vem, Maduro poderia ser afastado, mas quem assumiria seria o seu leal vice, Aristóbulo Istúriz. Nesse cenário, o atual presidente manteria os seus privilégios e não teria de responder a acusações sobre violações de direitos humanos, corrupção e abuso de poder.Em um discurso durante o protesto desta quinta-feira, membros da Mesa de Unidade Democrática enumeraram as próximas ações da oposição. Ainda hoje, a oposição organizou um panelaço às 20h em todo o país. No dia 7 de setembro, opositores devem protestar por seis horas em frente às sedes do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), de maioria chavista. O grupo prevê ainda uma mobilização nacional de 12 horas no dia 14 de setembro.
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