sábado, 26 de novembro de 2016

A TOMADA DE PODER: General fala que INTERVENÇÃO MILITAR não está descartada

INTERVENÇÃO MILITAR
O texto abaixo publicado passou despercebido, ou foi ignorado de propósito por adversários e adeptos da chamada “intervenção militar”. Acompanhamos a gênese e crescimento do movimento intervencionista no BRASIL. Como sempre aqui foi dito, acreditamos que o grupo têm o direito de externar sua opinião sobre a solução que acreditam ser a mais adequada para nosso país. Contudo, a experiência adquirida durante esse tempo tem nos mostrado que parcela minoritária – mas barulhenta – desse grupo, faz com que o TODO perca muito em status e credibilidade diante da sociedade justamente por descartar conselhos e críticas construtivas, chamando de comunista, melancia ou coisas do gênero qualquer um que não concorde 100% com seus métodos.

O texto a seguir, da lavra de um General de Brigada, publicado ha alguns dias, é extremamente construtivo e reflete o pensamento de grande parte dos militares do BRASIL. Notem que o GENERAL adjetivou de PATRIOTAS e usou o termo ocupação quando se referiu àqueles que foram chamados de vândalos e invasores por alguns.

Como disse em outros textos, não julgo ser errado incluir a intervenção militar no rol dos recursos disponíveis para a reversão do caos político, econômico, social e moral que se alastrou pelo Brasil. Por outro lado, considero grave equívoco precipitar o emprego do último e definitivo recurso da Nação.

Apreciação sobre a ocupação patriótica da Câmara dos Deputados

Caros amigos
Durante a vida, tenho adotado três atitudes principais como premissas de comportamento: não trair minhas convicções, não me omitir diante do que devo opinar e não ter vergonha de admitir meus erros.

Assim, acompanhei pelas mídias sociais a convocação e as atividades do grupo de patriotas que advogam pela intervenção militar como solução para os problemas de toda ordem que estamos a enfrentar no Brasil e tomei conhecimento, através da televisão e do rádio, da sua tumultuada ocupação do Plenário da Câmara dos Deputados.

Aprendi, por força da profissão, a avaliar com cautela os resultados das operações – o que os militares chamam de APA, Análise Pós Ação – e tirar delas os ensinamentos necessários à evolução pessoal e profissional.

É o que faço, iniciando por dizer que não são poucos os civis que se referem positivamente ao período do regime sob mando de militares, particularmente aqueles que o viveram honestamente e que podem compará-lo com o que vivemos hoje. Sinto-me, como Soldado, sempre lisonjeado quando alguém me diz que aqueles tempos deveriam voltar. É o reconhecimento de uma atitude desassombrada da geração do meu pai, herdada pelas que a sucederam com o compromisso revolucionário de não permitir que o Brasil deixasse de ser uma democracia.

A Revolução de 1964 foi desencadeada de forma espontânea, dispersa e sem planejamento estratégico militar. Logrou êxito em virtude do prestígio e da competência das lideranças revolucionárias, das convicções anticomunistas das Forças Armadas e da vontade do conjunto da sociedade brasileira. Do fato em si e da luta armada que o seguiu, promovida pelos que viram frustrados os seus objetivos liberticidas, as FFAA tiraram lições táticas e estratégicas, consolidaram seu comprometimento com a democracia e compreenderam que, para assegurá-la, seria preciso acompanhar de perto a conjuntura política, traçar planos de emprego e estar preparadas para executá-los na condição de último recurso da Pátria, para que a sua ação não seja, outra vez, confundida com quartelada ou golpe militar.

Pedir uma intervenção das FFAA, neste momento, é um direito de todos os patriotas que perderam a confiança nas instituições republicanas e no poder da vontade popular, mas, ao mesmo tempo, é uma demonstração de descrédito no discernimento, no conhecimento, na sensibilidade e no sentido de oportunidade daqueles a quem chamam para assumir o poder.

(JonaldoPaís)

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