domingo, 27 de novembro de 2016

Gil pode se tornar o primeiro potiguar campeão da Copa Sul-Americana

COPA SUL-AMERICANA
 
O volante Gil, do Chapecoense, pode se tornar o primeiro jogador nascido no Rio Grande do Norte a se tornar campeão da Copa Sul-Americana. Antes dele, de acordo com o pesquisador Marcos Trindade, apenas o lateral Nonato, revelado pelo Baraúnas, havia conseguido feito semelhante. Atuando pelo Cruzeiro, o mossoroense foi duas vezes campeão da Supercopa da Libertadores, nos anos de 1991 e 1992.
 
Gil tem 29 anos, nasceu em Nova Cruz, no Agreste potiguar, e é considerado um dos pilares do time comandado por Caio Júnior, atuando tanto como segundo volante quanto fazendo o lado direito do meio de campo. Por sua versatilidade e segurança, o volante/meia participou de sete dos oito jogos disputados pela Chapecoense na Copa Sul-Americana, sendo cinco como titular. A única partida em que ele não entrou em campo foi no jogo de ida das oitavas de final, contra o Independiente. 
 
Para chegar até a final inédita, a Chapecoense desbancou gigantes do futebol sul-americano, como o Independiente e San Lorenzo, ambos da Argentina. Para conquistar o título, porém, o time catarinense terá que superar o Atlético Nacional, atual campeão da Copa Libertadores. O clube colombiano é apontado por muitos como o melhor time do continente. “Mas nós temos um time experiente e capaz de superá-los”, aponta Gil.
 
O primeiro jogo da final acontece na próxima quarta-feira, no estádio Atanasio Girardot, em Medellín. Por decisão da Conmebol, o segundo e decisivo jogo acontece no estádio Couto Pereira, em Curitiba, cidade distante 482 quilômetros de Chapecó. A mudança visa atender determinação da confederação, que impede a realização de finais em estádio com capacidade inferior a 40 mil lugares. A Arena Condá, casa da Chapecoense, comporta 22 mil torcedores.
 
Na Chapecoense há duas temporadas, Gil disse que o sucesso da equipe catarinense é fruto de um trabalho sério desenvolvido dentro e fora de campo. Segundo ele, a cidade de Chapecó e a diretoria do clube abraçaram a ideia de consolidar o “Furacão do Oeste”, uma das alcunhas da Chapecoense, no cenário nacional e continental.
 
Nesse planejamento está incluído chegar à final da Copa Sul-Americana e disputar uma vaga na Copa Libertadores da próxima temporada via Campeonato Brasileiro. “O primeiro objetivo já foi conquistado e continuamos vivos na luta pelo G6 do Brasileirão”, afirmou.
 
Atualmente, a Chapecoense ocupa na nona colocação do Campeonato Brasileiro e está a três pontos do Botafogo, clube que abre a zona de classificação para a Libertadores do ano que vem. 
 
Em entrevista ao NOVO, concedida na sexta-feira passada, por telefone, Gil contou detalhes do clima da cidade de Chapecó dois dias após o time conquistar, de forma heróica, uma vaga na decisão da Sul-Americana; criticou a exigência da Conmebol de proibir a realização de finais em estádios com capacidade inferior a 40 mil lugares; e se disse confiante na conquista do título continental.
 

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