TRAGÉDIA DA CHAPECOENSE
O zagueiro Neto sobreviveu à queda do voo que levava a Chapecoense
para a decisão da Copa Sul-Americana, na madrugada desta terça-feira,
nas proximidades de Medellín, na Colômbia. A Telemedellin, emissora
local, presente ao Hospital San Juan de Dios, registrou imagens da
chegada dele ao local.
A mesma emissora, entretanto, relata que o goleiro Danilo, herói da
classificação à final da competição, não resistiu aos ferimentos e
faleceu na San Vicente Fundación, para onde havia sido levado junto com o
goleiro Follmann. Os dois e o lateral-direito Alan Ruschel, que estava
no Hospital de La Ceja e foi levado há pouco para o San Juan de Dios,
foram os três primeiros jogadores resgatados.
Além disso, foi resgatado com vida o jornalista Rafael Henzel, da
Rádio Oeste Capital, que foi levado ao Hospital de La Ceja, e os
tripulantes Ximena Suárez, auxiliar de voo, e Erwin Tumiri, técnico da
aeronave. Eles estão, respectivamente, na Clínica Somer de Rionegro e na
Clínica Somer.
Não há informações sobre a situação de saúde desses sobreviventes. Às
6h33, a esposa de Alan, Amanda Ruschel, escreveu no Facebook: "Graças a
Deus o Alan está no hospital, estado estável. Estamos orando por todos
que ainda não foram socorridos, e força para toda a família. Situação
complicado, difícil. Só Deus para dar força mesmo."
Danilo foi o herói da classificação para a final, garantindo o empate
em 0 a 0 com o River Plate, quarta-feira passada, na Arena Chapecó, com
uma grande defesa no último lance do jogo.
TRAGÉDIA - O avião que transportava a delegação da Chapecoense
contava com um total de 78 pessoas a bordo, entre elas 69 passageiros e
nove tripulantes. Entre os passageiros estavam 22 jogadores do time
catarinense, além de 22 jornalistas.
Incluídos na lista de passageiros divulgada pelas autoridades
colombianas, o presidente do Conselho Deliberativo da Chapecoense,
Plínio David De Nes Filho, o deputado estadual Gelson Merisio (PSD-SC),
presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina e o prefeito de
Chapecó, Luciano Buligon, não estavam no avião.
O dirigente estava em São Paulo e embarcaria nesta terça-feira em um
voo comercial rumo a Medellín. Buligon também embarcaria neste mesmo
voo, depois de o avião fretado pelo clube, com intenção de fazer voo
direto a Medellín, ter sido desautorizado pela Agência Nacional de
Aviação Civil (ANAC).
Como o avião, da companhia aérea LaMia, da Bolívia, não tinha
autorização para pousar em Medellín, a delegação da Chapecoense precisou
embarcar um voo comercial até Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia,
antes de pegar o avião que caiu quando já chegava ao aeroporto de
Medellín. A aeronave caiu em um lugar de mata fechada, em uma região
montanhosa, e de difícil acesso para as equipes de resgate.
Informações iniciais sobre o acidente, que agora está tendo as suas
causas investigadas, dão conta de que o avião teria sofrido uma pane
elétrica e o piloto teria liberado combustível da aeronave antes do
pouso forçado para evitar que houvesse uma explosão na hora do choque
com o solo. Também está sendo investigada a hipótese de que o
combustível do avião teria acabado antes de o piloto ser obrigado a
fazer o pouso forçado.
(NovoJornal)
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