Na avaliação de Tite, sua saída repentina do banco de reservas do Corinthians foi crucial para a queda do rendimento do time ao longo do ano. “Eu me sinto responsável pela instabilidade que o Corinthians teve esse ano. Tinha todo um planejamento de trabalho, que foi remontado com a perda de jogadores. Foi uma oportunidade ímpar que surgiu, fui um pouco egoísta. Mas me sinto responsável, sim”, relatou Tite, que optou por assumir a seleção brasileira após o vexame na Copa América Centenário, que tirou Dunga do cargo.
Desde que Tite saiu, o Corinthians foi comandado por Cristóvão Borges, pelo auxiliar Fábio Carille e agora por Oswaldo de Oliveira. Com Tite, a equipe disputava a ponta da tabela; hoje, só briga pela classificação à Copa Libertadores por conta das vagas extras que o Campeonato Brasileiro passou a oferecer, após mudanças da Conmebol na competição continental. Agora são seis vagas, duas a mais do que nos anos anteriores.
Tite esteve à frente da equipe por sete jogos neste Brasileirão com quatro vitórias, um empate e duas derrotas – o último compromisso foi o dérbi contra o Palmeiras, na 7ª rodada, em que estava na 4ª posição, com 13 pontos. Atualmente, o Corinthians ocupa a 7ª posição, somando 54 pontos, com 15 vitórias, nove empates e 12 derrotas.
Um dos jogadores de confiança de Tite quando treinava o Corinthians, Cássio – hoje no banco de reservas – caiu de rendimento. Questionado sobre o assunto, Tite admitiu que o jogador não fez uma boa temporada com a camisa corintiana. “O Cássio é um excelente goleiro. Ele é um extraordinário, mas precisa recuperar as condições físicas como estava na Libertadores”, declarou.
Seleção – Apesar de Tite declarar “egoísmo” e “culpa” pela situação do Corinthians na tabela do Campeonato Brasileiro, o treinador gaúcho de 55 anos recuperou a boa fase da seleção brasileira. Ele segue com aproveitamento de 100% na equipe, com seis vitórias em seis jogos, e a liderança isolada das eliminatórias sul-americanas da Copa do Mundo de 2018, que será disputada na Rússia. O próximo compromisso de Tite será contra o Uruguai, em março de 2017.
(Com Estadão Conteúdo)
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