segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Cuba pós-Fidel: entre o Vietnã e a Coreia do Norte. Assim como a morte de Le Duan permitiu que o Vietnã abrisse a economia, Cuba pode ter o seu momento de alívio

MUDANÇAS: PRA PIOR OU PRA MELHOR
Com a morte do ditador Fidel Castro, a ilha de Cuba fica entre duas alternativas: Vietnã ou Coreia do Norte.

“Este evento pode ser como a morte de Le Duan no Vietnã em 1986. Foi isso o que permitiu uma eleição mais liberal no Congresso do Partido Comunista e o pacote de reformas ‘doi moi’, que abriu o país”, diz o economista Rafael Romeu, da Associação para o Estudo da Economia Cubana, em Washington.

Essa perspectiva é baseada na ideia de que Raúl Castro, que assumiu o poder em 2008, seria mais propenso a permitir mudanças econômicas, mas não teria ido adiante por causa da influência do irmão Fidel.

Mesmo decisões para permitir que as pessoas tocassem negócios próprios depois foram revertidas. Em vários casos, o governo aumentou tanto os controles e os impostos que as atividades ficaram impraticáveis. Cuidadores de banheiros públicos precisam seguir preços tabelados e devem pagar taxas para a ditadura. Taxistas que andam de coco-taxi, um carro de fibra de vidro impulsionado por uma moto, só podem cobrar dos clientes com base no taxímetro, o qual é vigiado pelos oficiais do governo.

A outra possibilidade é a de que os políticos e militares do regime, com medo de perder os privilégios, fechem ainda mais o sistema político. Nesse caso, a ilha se tornaria uma versão caribenha da Coreia do Norte.

(Duda Teixeira/Veja.com)


do blog: se ele não tirar a farda, a mudança é pra pior

Nenhum comentário:

Postar um comentário