Após dois dias de julgamento, em mais de 20 horas de sessão, o júri popular acatou a denúncia do Ministério Público de onze tentativas de homicídio triplamente qualificado e cinco lesões corporais. A sessão ocorreu na 1ª Vara do Júri de Porto Alegre.
Neis poderá recorrer da decisão em liberdade e não perderá o emprego. O acusado é funcionário de carreira do Banco Central. Durante a audiência dessa quinta, o advogado de defesa do réu, Manuel Castanheira, pediu aos jurados que não condenassem seu cliente a uma pena tão grave, de 25 anos de detenção, como sugeria o Ministério Público.
“Nenhuma vítima do atropelamento teve lesão que significasse risco de vida”, afirmou o defensor. Castanheira tentou convencer os jurados a se colocarem na situação do réu. “Neis agiu por legítima defesa, pelo medo, pelo pavor que ele sentiu naquele momento.”
Acusação
A promotora de justiça Lúcia Helena Callegari ressaltou que o Ministério Público vai recorrer da sentença para tentar elevar a pena. Ao longo do julgamento, ela disse que “o que ocorreu naquele dia não foi um acidente e sim uma tentativa de homicídio em massa”.Imagens e fotografias do atropelamento foram usadas para sustentar os argumentos da acusação. “Eu vejo aquela cena, e a intenção está ali”, mostrou o promotor Eugênio Amorim, afirmando que o réu pretendia matar os ciclistas. No final do julgamento, dezenas de ciclistas comemoraram a condenação do bancário em frente ao Foro Central de Porto Alegre.
(Com Estadão Conteúdo)
Confira o momento do atropelamento:
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