LIBERADO
O ex-ministro José Dirceu deixa a Justiça Federal em Curitiba com
tornozeleira eletrônica e passaporte confiscado - 03/05/2017 (Vagner
Rosário/VEJA.com)
Em meio a protestos contra e a favor, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu
deixou na tarde desta quarta-feira o Complexo Médico Penal, na Região
Metropolitana de Curitiba, e foi direto ao prédio da Justiça Federal, no
centro, para colocar a tornozeleira eletrônica. O petista chegou ao
local a bordo de uma viatura da Polícia Federal e foi
recebido aos gritos de “ladrão” e “guerreiro do povo brasileiro” por
manifestantes que se dividiam entre os favoráveis e os contrários à sua
libertação.
Depois, retirou-se no carro do advogado. E agora deve se
dirigir a Brasília, onde mora a sua família.
Nesta quarta-feira, o juiz federal Sergio Moro estabeleceu as condições restritivas para libertar Dirceu, conforme havia sido decidido ontem por 3 votos a 2 pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Entre
elas está o uso de tornozeleira eletrônica, o recolhimento do
passaporte, a proibição de se encontrar ou se comunicar com algum
investigado da Lava Jato e a imposição de não sair da cidade
onde declarou residência — no caso, Brasília. Num primeiro momento, Moro
havia escrito que o município seria Vinhedo, no interior de São Paulo,
onde ele também tem uma casa, mas depois corrigiu a informação para a
capital federal.
Alvo da 17ª fase da Lava Jato, batizada de Pixuleco, Dirceu estava
preso preventivamente em Curitiba desde agosto de 2015. Denunciado em
três processos na Operação, ele já foi condenado em dois deles, na
primeira instância, a 32 anos de prisão pelos crimes de corrupção,
lavagem de dinheiro e organização criminosa.
(Veja.com.br)
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