LAVA JATO
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes derrubou nesta sexta-feira uma decisão do juiz federal Marcelo Bretas e mandou soltar o empresário Jacob Barata Filho e o ex-presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor), Lélis Teixeira. Ambos são investigados na Operação Ponto Final, que apura suspeitas de corrupção no sistema de transporte público do Rio de Janeiro.
A decisão do ministro atendeu a uma reclamação ajuizada
pelos advogados dos empresários contra o descumprimento, por parte do
juiz, da decisão anterior proferida por Mendes, que determinou a soltura dos investigados
na quinta-feira. Após a divulgação da decisão de Gilmar Mendes, o juiz
Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, mandou
prender novamente Barata Filho e Teixeira.
Mais cedo, o ministro disse que não vai se declarar suspeito para julgar o caso. Ele é padrinho de casamento da filha de Barata Filho.
Ao aceitar o pedido de habeas corpus feito pela defesa dos
empresários, Mendes converteu a prisão preventiva em medidas cautelares
como recolhimento noturno. Nos fins de semana e feriados, eles ficam
proibidos de participar das atividades de suas empresas de transportes
e, além disso, não podem deixar o país.
Os empresários foram presos preventivamente no início de julho,
por ordem da Justiça Federal do Rio de Janeiro, no âmbito da Operação
Ponto Final, um desdobramento da Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro.
(com Agência Brasil)
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