BRASIL, POLÍTICA
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), negou os pedidos da
oposição para rever o rito da denúncia contra o presidente Michel Temer
(PMDB) (Cristiano Mariz/VEJA)
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
entrou no plenário da Casa e disse, ao passar pelo Salão Verde, que
“ninguém poderá questionar o rito” da votação da denúncia contra o
presidente Michel Temer (PMDB),
esperada para ocorrer nesta quarta-feira. Maia voltou a afirmar que a
votação só começará quando houver um quórum de 342 deputados no
plenário.
“Essa era uma dúvida que o próprio governo tinha e agora,
até mesmo a oposição está se valendo deste número para fazer a sua
obstrução. Ninguém poderá questionar o rito da votação de hoje”,
afirmou.
Líder do PT na Câmara, o deputado Carlos Zarattini (SP)
declarou que entrará na Justiça para questionar o rito estipulado por
Maia. A reclamação do petista é de que não houve espaço para o
contraditório no início da sessão. O deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) leu o relatório que pede o arquivamento da denúncia e que foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Em seguida, o advogado Antonio Claudio Mariz de Oliveira fez a defesa do presidente diante dos deputados.
“Vamos entrar na Justiça para ter o direito de fazer o
contraditório”, afirmou Zarattini. “Hoje será o dia da derrota de
Temer, que está desgraçando o país.”
Deputados de oposição dizem que não darão quórum
durante o dia para forçar que a votação da denúncia aconteça à noite,
quando os índices de audiência das transmissões televisivas costumam aumentar. Há o entendimento de que quanto
mais espectadores, maior será o constrangimento e a pressão sobre os
deputados da base governista que defenderão Temer no plenário da Câmara.
Cada parlamentar terá de registrar o seu voto nominalmente.
(Com Estadão Conteúdo)
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