SAÚDE
A defesa do deputado afastado
Paulo Maluf (PP-SP) voltou a pedir liberdade para o parlamentar ao
Supremo Tribunal Federal (STF), alegando que ele corre risco de ficar
cego. De acordo com os advogados, um relatório oftalmológico "aponta a
possibilidade de perda total da visão do único olho funcional, caso não
seja feito o devido tratamento que, encarcerado, o paciente não tem à
sua disposição". A defesa também admite a possibilidade de prisão
domiciliar.
Maluf está preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília,
desde dezembro do ano passado após decisão do STF. Na Corte, o ministro
Dias Toffoli é relator do pedido de liberdade do deputado.
O
documento anexado pela defesa alega que Maluf perdeu a visão do olho
direito em abril de do ano passado, enquanto o olho esquerdo “apresenta
também degeneração macular e pode rapidamente desencadear quadro
irreversível com perda da visão do seu olho único”.
No
pedido, a defesa volta a citar outros motivos para pedir a liberdade,
como "idade avançadíssima" de 86 anos, doenças cardíacos, câncer de
próstata, diabetes e hérnia de disco.
"Não fosse suficiente, o
caso conta ainda com fato novo extremamente grave e relevante, isto é, a
recomendação médica da necessidade de avaliação macular trimestral em
Paulo Maluf, sob o risco da perda da visão do único olho ainda funcional
do ora paciente. Em outras palavras, Excelência, o quadro de saúde está
piorando, agora também, no aspecto oftalmológico", escreveram os
advogados Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, Roberta Cristina
Ribeiro de Castro Queiroz, Marcelo Turbay Freiria, Liliane de Carvalho
Gabriel, Hortência Monte Vicente Medina, Ricardo Tosto de O. Carvalho,
Jorge Nemr, Vítor Souza Sampaio e Patrícia Rios Salles de Oliveira.
Em
fevereiro, a defesa apresentou recurso, que foi levado para o plenário
virtual (quando os ministros não se encontram e apenas publicam seus
votos no sistema da corte) pelo relator da ação penal, ministro Edson
Fachin. Em 2 de março, no entanto, o ministro Dias Toffoli pediu vista, o
que não permitiu a conclusão do julgamento.
A Subsecretaria do Sistema Penitenciário do Distrito Federal
(Sesipe), ligada à Secretaria de Segurança Pública, informou que não foi
notificada oficialmente pela defesa de Maluf nem pela Vara de Execuções
Penais (VEP) sobre o relatório oftalmológico citado pelos advogados. O
órgão alega, ainda, que oferece atendimento médico e odontológico
indistintamente a todos os detentos.
(As informações são do jornal O Globo)
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