A Justiça Federal determinou que a Prefeitura de João Câmara, município
do interior do Rio Grande do Norte, destrua um espaço de convivência
construído no centro da cidade. Uma linha férrea desativada passa no
local, e a empresa concessionário que operava a via, Transnordestina
Logística, acionou a JF para reaver o perímetro através de uma ação de
reintegração de posse.
De acordo com o secretário de Comunicação de João Câmara, José Aldo, há
anos a linha de trem não é usada. Por esse motivo, a gestão municipal
anterior à que hoje administra o município construiu o espaço de
convivência no trecho, sobre a linha férrea.
José Aldo diz que o lugar fica entre o mercado público e o ginásio da
cidade, e que, após a pavimentação, serve de espaço para realização de
“grandes eventos”. Além disso, também é lá onde acontece a feira livre
de João Câmara. Quiosques foram instalados no local pela prefeitura e
funcionam para o atendimento ao público.
Segundo Aldo, a decisão determina que quaisquer construções fiquem a
uma distância de, pelo menos, 15 metros da linha do trem. Atualmente não
há qualquer distinção de perímetro de distância. Na mesma determinação,
a Justiça Federal manda a prefeitura retirar o calçamento das ruas que
passam pela linha. São duas, a Rua Pedro Torquato, no Centro, e a Rua
Rita Ferreira de Freitas, no conjunto Ipê. "O povo da cidade está muito
insatisfeito com a decisão", afirma o secretário.
O prefeito de João Câmara, Maurício Caetano Damacena, foi notificado da
determinação na quinta-feira passada, dia 21 de fevereiro. De acordo
com o texto, ele tem 15 dias a partir da data de notificação para dar
cumprimento ao mandado de reintegração. Caso descumpra o prazo, a
Justiça prevê multa de R$ 50 mil ao dia para o prefeito.
José Aldo informou ao G1
Que Maurício Caetano está em Brasília tentando reverter a situação,
pois o Município não tem intenção de demolir as construções na linha
férrea. Nesta quarta-feira (28), ele se reuniu com representantes do
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Denit), porém
ainda não deu notícias sobre o resultado do encontro.
(Por Rafael Barbosa, G1 RN)
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