SEQUESTRO
Eduardo Cunha. Foto: André Dusek/Estadão
O juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, sequestrou US$ 5 milhões do patrimônio do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ). Foram confiscados três imóveis no Rio e uma fração de uma propriedade do emedebista também na capital fluminense.
O emedebista está preso desde outubro de 2016. Moro já o condenou a uma pena de 15 anos e quatro meses de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão fraudulenta de divisas.
Eduardo Cunha foi acusado de pegar US$ 1,5 milhão em
propinas na compra do campo petrolífero de Benin, na África, pela
Petrobrás, em 2011.
Em novembro do ano passado, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) reduziu em 10 meses a pena do ex-deputado. A sentença caiu para 14 anos e 6 meses.
A decisão de Moro sobre o sequestro do patrimônio de Eduardo
Cunha atende parcialmente a um pedido da força-tarefa da Operação Lava
Jato. O Ministério Público Federal, em Curitiba, havia solicitado ao
magistrado que bloqueasse também os bens da mulher e dos filhos de
Eduardo Cunha e de empresas vinculadas ao ex-deputado.
“Expeça-se precatória para formalização do sequestro,
avaliação e para que seja verificado quem ocupa cada imóvel e a qual
título”, determinou o juiz da Lava Jato na quinta-feira, 22.
A decisão do magistrado está ligada a um processo que
Eduardo Cunha responde, com a ex-prefeita de Rio Bonito Solange Almeida,
por corrupção e lavagem de dinheiro em contratos dos navios-sondas
Petrobrás 10000 e Vitoria 10000.
A denúncia atribui a Eduardo Cunha ser beneficiário de
propina de US$ 5 milhões no exterior. Os repasses teriam sido feitos por
meio de contas em nome de empresas off-shores e também dissimulados em
doações a uma instituição religiosa.
COM A PALAVRA, OS ADVOGADOS PEDRO IVO VELLOSO E TICIANO FIGUEIREDO, QUE DEFENDEM EDUARDO CUNHA
“A defesa irá impugnar, pois se trata de uma devassa ilegal.
A partir de meras especulações, a medida atinge todo o patrimônio
adquirido ao longo de mais de quarenta e seis anos de trabalho.”
(Julia Affonso/Estadão)
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