quinta-feira, 22 de março de 2018

Prefeitura propõe aumentar salário dos professores apenas em setembro. Incerteza irritou os coordenadores do Sinte-RN, que avaliam a possibilidade de greve; José Teixeira da Silva definiu a proposta da SME como 'ridícula' e 'muito ruim'

PREVISÃO
 
 Servidores municipais da Educação descartaram proposta da SME e avaliam possibilidade de greve

A Prefeitura de Natal propôs reajustar o salário dos professores e servidores da Educação apenas em setembro. A proposta foi apresentada pela secretária de Educação do Município de Natal, Justina Iva, a coordenadores do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do RN (Sinte-RN) na última terça-feira, 20. A reunião foi realizada na tentativa de se evitar uma possível paralisação da categoria.
O Sinte-RN afirma que o reajuste de 6,81%, de acordo com a lei, deveria ter sido feito desde o dia 1º de janeiro. O Município justifica que as despesas de pessoal ainda estão acima do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (51,3% da receita líquida para despesa com pessoal), e que, por isso, os servidores da Educação devem enfrentar um prazo mínimo de seis meses.

“Tão logo a folha do município fique abaixo do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, se fará a implantação do reajuste salarial dos profissionais ativos e inativos. A divulgação do limite prudencial do segundo quadrimestre acontece em 31 de agosto de 2018, podendo o pagamento ser efetivado a partir de setembro com efeito retroativo”, diz a proposta da secretária Justina Iva.

A demora e a incerteza do reajuste irritaram os coordenadores do Sinte-RN. José Teixeira da Silva definiu a proposta da SME como “ridícula” e “muito ruim”. A categoria se reúne em assembleia na tarde desta quarta-feira, 21, para definir se vão entrar em greve, ou não.

“Infelizmente a proposta da secretária é muito ruim. O piso dos trabalhadores da Educação de Natal deveria ter sido corrigido desde 1º de janeiro, e até hoje isso não foi feito. A secretária avalia que pode implantar em setembro, mas não dá certeza. Assim fica muito difícil para a gente defender isso”, lamentou.

Além da promessa do reajuste salarial para setembro, a SME também propôs retomar o pagamento das vantagens individuais decorrentes dos planos de carreiras dos profissionais de magistério (mudança de nível, classe, padrão, atualização de letra ou promoção horizontal e quinquênio), caso seja confirmado o alcance da meta de redução de limite prudencial, além do encaminhamento à Câmara Municipal no prazo de oito dias corridos do Projeto de Lei que visa a alterar as Leis Municipais Complementares nº 058/2004 e nº 114/2010 (plano de cargos, carreiras e salários dos profissionais do magistério).

(AgoraRN)

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