quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Países da América Latina se reúnem em encontro sobre combate ao contrabando. Em 2017, o Brasil se tornou o maior mercado global de cigarros ilegais, com 48% das marcas vendidas no país contrabandeadas do Paraguai

METAS
 
 Cigarros se transformaram no produto mais contrabandeado

Está sendo realizado nesta semana pela primeira vez no Brasil o encontro da Aliança Latino-americana Anticontrabando (Alac). O evento, que reúne autoridades e especialistas de 15 países, tem como objetivo estabelecer ações compartilhadas entre governos e entidades da sociedade civil para o combate ao comércio ilegal de produtos como cigarros, têxteis, bebidas, artigos esportivos, audiovisual e alimentos.

Importante salientar que o compromisso no combate ao contrabando é um desafio para todos os países latino-americanos. Edson Vismona, presidente do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) e co-presidente da ALAC considera extremamente significativa a presença de quinze países da região “Atualmente o Brasil e os demais países sofrem com o contrabando, em especial no cone sul, do cigarro oriundo do Paraguai. A expressa manifestação do presidente Mário Abdo Benítez de que o combate ao contrabando e à sonegação representam compromissos do novo governo é muito importante” afirma Vismona.

Vismona acredita que, além da integração entre países, é preciso que sejam adotadas medidas em diferentes frentes para combater o contrabando. “Ações nos campos tributário, regulatório, policiais e de fiscalização, diplomáticas e legislativas devem ser adotadas por todos, já que esse é um problema multifacetado e que prejudica toda a sociedade” acredita.

Em 2017, por exemplo, o Brasil se tornou o maior mercado global de cigarros ilegais, com 48% das marcas vendidas no país contrabandeadas do Paraguai. Este é um comércio que traz grandes prejuízos para o Brasil – com mais de R$ 43 bilhões em impostos que deixaram de ser arrecadados desde 2011, valor que poderia ter sido revertido em benefício da população brasileira – e para o Paraguai com a ação de organizações criminosas que provoca o aumento da violência, promove a corrupção, o roubo de cargas, tráfico de drogas, de armas e a lavagem de dinheiro na região.

A Alac é composta por Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.

 (Agência Estado)

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