FALTA DE PROJETO
Só Fátima Bezerra (PT), Carlos Eduardo (PDT) e Carlos Alberto (PSOL) sugeriram
Apontado pela atual administração como um dos principais vilões das
contas públicas, o déficit previdenciário tem pouco destaque nos
programas de governo apresentados pelos candidatos ao Governo do Rio
Grande do Norte. Mais da metade deles não sugeriu ou não explicou
minuciosamente, nos planos, como pretende enfrentar o problema.
De
acordo com a Lei de Diretrizes Orçamentárias, o déficit da previdência
em 2019 deverá girar em torno de R$ 1,4 bilhão. O déficit é a diferença
entre o que é arrecado e o montante utilizado para pagar os benefícios.
Quando o total de arrecadação não supera as despesas, é preciso extrair a
diferença do Tesouro.
A arrecadação atual é formada pelas
contribuições dos servidores (11% sobre os salários) e do próprio Estado
(22%). Em 2015, o governador Robinson Faria (PSD), candidato à
reeleição, encaminhou projeto para a Assembleia Legislativa para
aumentar as alíquotas, mas o tema não avançou.
Robinson, Dário
Barbosa (PSTU) e Heró Bezerra (PRTB) não apresentaram ou não
especificaram propostas em seus planos de governo sobre o assunto. O
candidato Breno Queiroga (Solidariedade) propôs uma auditoria, mas não
se aprofundou no tema.
O candidato Carlos Eduardo Alves (PDT), por
sua vez, prega uma revisão da legislação previdenciária e modernização
dos processos, com uso da tecnologia de informação. No plano de governo,
ele prometeu também dar mais transparência ao Instituto de Previdência
(Ipern).
Fátima Bezerra (PT) apresentou oito propostas para a área
de previdência. Entre elas, está a realização de uma auditoria
previdenciária na folha de inativos; a reavaliação da política de
contratações de terceirizados, para evitar impactos previdenciários; a
cessão de ativos imobiliários e financeiros para o Ipern; a elaboração
de um estudo atuarial e financeiro; e o desenvolvimento do programa Mais
Permanência, que objetiva a criação de mecanismos de bonificação para a
permanência do servidor na ativa.
Para resolver o problema do
déficit, o candidato do PSOL, Carlos Alberto Medeiros, sugere a
utilização de recursos que atualmente são destinados ao fundo
previdenciário e a cessão de ativos imobiliários para o Ipern. Ele citou
o exemplo do Natal Shopping, “que tem como um de seus proprietários um
fundo de pensão que beneficia mais de 2 milhões de pensionistas no
Canadá”.
(AgoraRN)
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