CONGRESSO
247 - Reeleito presidente da Câmara nesta
sexta-feira (1), o deputado federal Rodrigo Maia (DEM) criticou a
articulação política do governo Jair Bolsonaro momentos após ser
reconduzido ao cargo. Segundo ele, o governo não possui, "no curto
prazo", os 308 votos necessários para aprovar a reforma da Previdência,
uma das diretrizes centrais da equipe econômica. Maia também acusou o
ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), de ter atuado contra sua
reeleição ao cargo. "Se ele tivesse interferido com sucesso aqui, o
resultado seria outro. Não creio que tenha atuado, porque é muito
competente", ironizou.
"A nova forma de Bolsonaro trabalhar pode não gerar 308 votos no
curto prazo", afirmou o democrata pouco após o assumir terceiro mandato à
frente do comando da Casa Legislativa. Segundo ele, o projeto sobre a
reforma da Previdência deverá levar, no mínimo, dois meses de debates
entre os deputados, sendo necessário, ainda, elaborar um pacto com
prefeitos e governadores para que o projeto possa avançar. O prazo,
segundo a avaliação do governo, seria longo demais.
Ao saber do resultado da eleição para a presidência da Câmara,
Bolsonaro parabenizou Maia pelas redes sociais. "Este cargo é de extrema
responsabilidade para conduzir a votação dos projetos que o brasileiro
tanto almeja", escreveu. Maia, que contou com o apoio de 15 partidos
para a sua reeleição, também agradeceu aos governadores do Piauí e do
Ceará, Wellington Dias e Camilo Santana, ambos do PT, pelas "aulas de
gestão" que teria recebido.
(Brasil247)
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