Jair Bolsonaro - Carolina Antunes/PR
Brasília - O governo calcula que 24,5 milhões de
trabalhadores com carteira assinada receberão o benefício emergencial
para manutenção do emprego. Isso significa que eles serão afetados por
medidas de redução de jornada e salários ou suspensão de contratos. Por
outro lado, a equipe econômica estima que o programa salvará 8,5 milhões
de postos de trabalho ao dar alívio momentâneo às empresas.
Num cenário sem as medidas, o governo estima que as
demissões poderiam atingir até 12 milhões de trabalhadores. Com o
programa emergencial, as dispensas devem ser menores. Ainda assim, 3,2
milhões de trabalhadores devem perder o emprego - eles receberão todos
os benefícios já existentes hoje, como seguro-desemprego e multa de 40%
sobre o saldo do FGTS.
O Programa Emergencial de Manutenção do Emprego
anunciado ontem pelo governo, que será criado por Medida Provisória,
permitirá a redução de jornada e salário em 25%, 50% e até 70%, como
antecipou o Estadão/Broadcast (sistema de notícias em tempo real do
Grupo Estado), por até três meses por meio de acordos individuais, entre
empregador e empregado, ou coletivos. A medida também permite a
suspensão dos contratos por até dois meses.
O empregado terá estabilidade no emprego por um período igual ao da redução de jornada ou suspensão de contrato.
"Queremos manter empregos e trazer tranquilidade para
as pessoas Criamos um benefício que protege o empregado e também as
empresas", disse o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno
Bianco.
Segundo Bianco, os acordos para redução de jornada ou
suspensão de contrato poderão ser individuais nos casos de
trabalhadores com remuneração de até três salários mínimos (R$ 3.135),
uma vez que nesses casos "haverá pouca redução salarial".
Empregados que ganham acima disso, mas abaixo de duas
vezes o teto do INSS (R$ 12.202,12), só poderão ter redução de jornada
acima de 25% ou suspensão de contrato por meio de acordo coletivo. Quem
ganha acima dos R$ 12,2 mil é considerado hiperssuficiente segundo a
última reforma trabalhista e poderá negociar individualmente com o
patrão.
(Por:Estadão Conteúdo)
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