sábado, 23 de maio de 2020

RN não atenderá recomendação de “lockdown” feita pelo Comitê Científico do Nordeste. Governadora Fátima Bezerra disse que avaliação do comitê local está sendo mais considerada.

SAÚDE
 
 Segundo Fátima, avaliação do comitê científico local, formado no âmbito da Sesap e da UFRN, não recomenda "lockdown". 

Apesar da recomendação feita pelo Comitê Científico do Nordeste para que haja determinação de “lockdown” (restrições mais rígidas de isolamento social)para Natal e Mossoró, além de outras quatro cidades da região, a governadora Fátima Bezerra (PT) sinalizou, por intermédio de nota, que não pretende adotar a medida no Rio Grande do Norte. O comitê vem determinando a política a ser seguida pelos governadores do Nordeste em relação ao enfrentamento ao novo coronavírus.

“As considerações são importantes, mas a avaliação do comitê científico local, formado no âmbito da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) e Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), é mais considerada porque o comitê está mais próximo e atento a todas nuances da situação específica local”, afirmou Fátima na nota.

Para o Comitê Científico do Nordeste, além de Natal e Mossoró, cidades de quatro estados da região também estão em condições para adotar restrições mais rígidas, como ocorreu com São Luiz (MA), Fortaleza (CE) e na área metropolitana do Recife (PE). São elas João Pessoa e Campina Grande (Paraíba), além de Arapiraca e São Miguel dos Campos (Alagoas), cidades com curvas ascendentes de casos e mais de 80% de ocupação dos leitos de UTIs e enfermaria. 

No dia 15 deste mês, o coordenador do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (Lais) da UFRN, professor e pesquisador Ricardo Valentim, que integrava o Comitê Científico do Nordeste, por indicação da governadora, anunciou o seu afastamento do grupo, por discordar da maneira como os trabalhos no grupo vêm sendo conduzidos. Ele chegou a dizer que muitos dos encaminhamentos realizados no comitê estão "dentro de uma bolha científica distante da realidade social, econômica e da Saúde do Rio Grande do Norte".


(Por:Fátima Elena Albuquerque/Nominuto.com)

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