INDICOU QUE SEGUNDA VAGA SERÁ DE EVANGÉLICO
STF - Rosinei Coutinho/SCO/STF
Rio - O presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta quinta-feira, 1º, a
escolha do desembargador Kassio Nunes Marques para a vaga do Tribunal
Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), para assumir a vaga aberta na
Corte com a aposentadoria de Celso de Mello, no próximo dia 13 de
outubro. Em transmissão ao vivo pelas redes sociais, o presidente disse
que o nome de Marques deve sair no Diário Oficial da União desta
sexta-feira. Ele também reiterou que indicará um evangélico para assumir
a cadeira de Marco Aurélio Mello, que se aposenta em julho do ano que
vem.
"Sai publicado amanhã, por causa da pandemia, o nome do
Kassio Marques para a primeira vaga no STF. A segunda vaga será para
evangélico. Ele está levando tiro. Qualquer um que eu indicasse levaria
tiro. Tinha currículo na minha mesa, mas eu não conhecia O que é
lamentável das dez a gente escolhe uma. O resto começa a acusar o cara",
afirmou o presidente.
Bolsonaro já havia comunicado a escolha de
Marques aos ministros do Supremo Gilmar Mendes e Dias Toffoli, na noite
de terça-feira, 29, em um encontro na casa do presidente do Senado,
Davi Alcolumbre (DEM-AP). O nome agradou a políticos do Centrão, que
querem enfraquecer a Lava Jato, e à ala do Supremo que faz restrições a
investigações conduzidas pela força-tarefa. Gilmar e Toffoli fazem parte
deste grupo.
Uma vez oficializada a indicação de Marques, ele
ainda deverá passar por sabatina no Senado. Para ser aprovado e assumir a
vaga no STF, o desembargador precisará ser aprovado pela maioria dos 81
senadores, em votação secreta.
Apesar de agradar ao Centrão,
Marques passou a ser "fritado" por militantes bolsonaristas desde ontem,
quando a escolha do presidente foi divulgada. Mensagens que circularam
pelo WhatsApp e em plataformas como Twitter e Facebook lembravam que o
desembargador foi indicado para o Tribunal Regional Federal da 1 ª
Região pela então presidente Dilma Rousseff (PT), em 2011. Citava,
ainda, sua ligação com o governador do Piauí, Wellington Dias, também do
PT.
(Por:Estadão Conteúdo)
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