ECONOMIA
Ana Luiza Daltro e Bianca Alvarenga
MISSÃO DADA - Caberá a Joaquim Levy a liderança para pôr a
economia em ordem: "A gente de ter coragem de fazer o que for
necessário"
(VEJA)
Desde a redemocratização de 1985, a duras penas, sucessivas
administrações federais implantaram mecanismos que, em resumo, se
somaram para tirar dos governantes a possibilidade de produzir grandes
desastres na economia. O ápice dessa caminhada se deu com Fernando
Henrique Cardoso, no Ministério da Fazenda no governo de Itamar Franco
e, depois, por oito anos na Presidência da República.
FHC entregou a Lula uma gestão de posse do instrumental legal e
gerencial suficiente para manter a economia brasileira no rumo correto.
Lula cuidou de, no comentário sábio de um ex-ministro de seu governo,
“não desmontar o relógio do vovô, por não saber como remontá-lo”. A
receita lógica a ser seguida pela presidente Dilma Rousseff ao receber a
faixa das mãos de Lula, em 2011, era consolidar os avanços das
administrações anteriores. Mas Dilma achou por bem no primeiro mandato
interromper a série histórica de governos comprometidos com a
estabilidade econômica. Deu errado. Agora reempossada, a presidente
tenta recuperar o tempo perdido.
Com Joaquim Levy na Fazenda, ela dispõe de um economista
especializado em pôr ordem nas finanças públicas, fundamento desprezado
nos últimos quatro anos. “Os primeiros passos desta caminhada passam por
um ajuste nas contas públicas”, reconheceu Dilma no discurso de posse
para o segundo mandato. Desde que Levy consiga fazer seu trabalho sem
boicotes nem intrigas palacianas, o prognóstico é bom. Se antes a chance
de dar certo era zero, agora pelo menos a possibilidade de erro é muito
menor.
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