JENIPABU
Roberto Campello
Roberto_campello1@yahoo.com.br
Um dos principais cartões postais do Rio Grande do Norte, as famosas dunas de Jenipabu é destino certo dos turistas – quer sejam brasileiros ou estrangeiros-, que desembarcam em terras potiguares. Logo nas primeiras horas da manhã do último sábado (3) já era possível encontrar dezenas de turistas desfrutando das belezas naturais e das aventuras do local, como Ski-bunda e passeio de dromedários e de bugres. A praia, localizada no município de Extremoz, é conhecida internacionalmente e todos que vão a Jenipabu querem conhecer o local que já foi cenário de três novelas da Rede Globo: Tieta (1989), O Clone (2001) e a mais recente Flor do Caribe, em 2013. A combinação de dunas e dromedários faz com que a praia seja conhecida “a Marrocos Brasileira”.
Logo após a descida da Ponte Newton Navarro, em direção às praias, já é possível encontrar guias de turismo e buggys para fazer o passeio pelas dunas de Jenipabu, bem como pelo Litoral Norte. Na estrada de Jenipabu, mais guias e quiosques de informações. Diogo Mendes, auxiliar de guia de turismo trabalha diariamente em um quiosque de atendimento à beira da estrada, abordando os turistas que passam em carros particulares oferecendo passeios para os principais pontos turísticos da região.
Diogo Mendes conta que o passeio de buggy custa R$ 240,00 para quatro pessoas, passando por dunas móveis e fixas, com duração aproximada de duas horas. “O movimento está bom e bem melhor do que o do ano passado, superando nossas expectativas”, afirma. Ele conta que por dia, dá para vender até cinco passeios.
O empresário paulista Fabiano Favano veio com a família passar as festas de final de ano em Natal e desfrutar das belezas naturais, com a esposa e os dois filhos. Na manhã deste sábado ele aproveitou para fazer o passeio pelas dunas de Jenipabu. “As belezas da praia e a infraestrutura da cidade foram os principais atrativos que incentivaram a nossa vinda para cá. A cidade é linda. Estão sendo dias maravilhosos”, destaca. O empresário reclamou apenas do preço do passeio de dromedários. “Se fosse um valor menor, com uma duração menor eu acredito que atrairia mais pessoas, mas nem isso tira o brilho do local”. Eles voltam para São Paulo no dia 6 e ainda pretendem conhecer Maracajaú e Pipa.
O bugueiro Alexandre Nunes trabalha há 25 anos nas dunas de Jenipabu e se mostra satisfeito com o movimento deste ano. O trabalho de Alexandre é diferente. Ele pega o turista no hotel e oferece um passeio pelas principais praias do litoral Norte. São sete horas de diversão, passando por nove praias, quatro parques de dunas e pelas lagoas de Jenipabu, Jacumã e Pitangui. Tudo isso pelo valor de R$ 500,00.
“O buggy proporciona algo fantástico e único para o turista que é a sensação de liberdade. Nesse passeio, o turista conhece o melhor do litoral norte do Rio Grande do Norte e se encantam com a diversidade das praias que temos aqui. Não tem como não gostar. O buggy é o carro-chefe do turismo potiguar”, diz o bugueiro Alexandre Nunes.
O médico cirurgião Alcides Vogel, de Santa Maria (RS), veio pela segunda vez a Natal e agora trouxe os dois filhos para aproveitar as belezas potiguares. Eles chegaram em Natal no dia 30 de dezembro, mas decidiram fazer o primeiro passeio neste sábado, também pelo litoral norte. “A sensação térmica daqui é maravilhosa. Escolhemos Natal pelas belezas naturais e pela hospitalidade. Natal tem tudo de bom. Quem mora aqui é abençoado por viver nesse paraíso”, ressalta. Os filhos, Gabriela e Felipe, desceram de ski-bunda e passearam nos dromedários. “É fantástico”.
Os mineiros de Uberlândia Sebastião Mesquita e Carla Braga escolheram Natal como destino obrigatório das férias de início de ano. Eles estão aqui pela terceira vez e pela segunda foram a Jenipabu passear nos dromedários. “Vir aqui é como se estivéssemos em Marrocos e adoramos tudo. Cada viagem é como se vivêssemos uma nova lua de mel”, relata Sebastião Mesquita.
A gerente do Dromedunas Turismo, empresa responsável pelo passeio nos dromedários, Marilda Gomes, disse que a procura pelo passeio aumenta consideravelmente nos meses de dezembro e janeiro, chegando a formar fila de pessoas nos horários mais movimentados. São sete dromedários e nessa época do ano realizam uma média de 100 passeios por dia. O passeio custa R$ 55,00 por 15 minutos e R$ 85,00 por meia hora de passeio. “A nossa satisfação é ver o sorriso estampado na cara dos turistas e alegria ao descer do dromedário. É algo único no Brasil e todos saem muitos satisfeitos”, conta Marilda Gomes.
O comerciante Francisco Pinheiro, conhecido como Vagalume das Dunas de Jenipabu, considera que as vendas ainda estão fracas. Ele comercializa óculos escuros, chapéus e protetores solar, além de outros acessórios. “Espero que depois do dia 10 as coisas melhorem e até o carnaval o movimento só tende a crescer, mas estamos bem confiante de boas vendas este ano”, diz o comerciante.
Uma das principais diversões de Jenipabu é o tradicional Ski-bunda. O turista senta em uma prancha de madeira e desce pelas dunas, sentado (sozinho ou acompanhado pelo piloto) ou em pé. O passeio, apesar de emocionante, dura poucos segundos e custa R$ 10,00 por pessoa. O vice-presidente da Associação dos Pilotos de Ski-bunda da Praia de Santa Rita, Paulo Eduardo, disse que na alta estação é realizado uma média de 400 descidas por dia. “A sensação é diferente e única. A descida dura poucos minutos, mas a sensação é única. É um passeio para todas as idades”, explica.
O pernambucano Giovani do Nascimento, ofegante após a descida do Ski-bunda, não se contentou em descer uma única vez e repetiu a dose. “Nunca tinha feito nada semelhante na minha vida e adorei. Sempre ouvi falar lá em Recife dos passeios e ficava na vontade de conhecer e agora consegui realizar meu sonho”, conta Giovani do Nascimento.
Na descida das dunas de Jenipabu está localizado o Bar e Restaurante 21. Com uma vista privilegiada, o local é um dos mais procurados na praia. O peixe inteiro e a peixada são os pratos mais procurados e custam entre R$ 60,00 e R$ 80,00. A atendente Leidiane Moura conta que no período de meio dia a três horas da tarde o restaurante fica lotado, chegando a formar fila pelas mesas.
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