quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Arquidiocese de Natal inicia Campanha Fraternidade 2015 no Rio Grande do Norte. Dom Jaime Vieira explica que tema deste ano visa aprofundar o diálogo e a colaboração entre igreja e sociedade

LANÇAMENTO

Foto: José Aldenir
Foto: José Aldenir

A programação religiosa da Campanha da Fraternidade 2015 foi lançada oficialmente pela Arquidiocese de Natal na manhã desta terça-feira (24) e deve começar no dia 1º de março, com uma celebração eucarística na Escola Érico Veríssimo, no bairro de Felipe Camarão, a partir das 9h. Com o tema “Fraternidade: Igreja e Sociedade”, a ação pretende aprofundar o diálogo e a colaboração entre as duas partes se propõe a buscar novos métodos, atitudes e linguagens na missão do catolicismo em levar a palavra de Deus a cada pessoa.

Segundo o arcebispo Dom Jaime Vieira Rocha, a missão clara da igreja na sociedade é servir e, se ela não assumir seu papel, não será ouvida ou identificada no mundo de hoje. Ele afirmou que o grande exemplo dos serviços é o próprio Jesus Cristo, que lavou os pés dos seus discípulos e o fez para que os fiéis o tivessem como exemplo e procurassem fazer o mesmo.

“O lema “Eu vim para servir” proclama e deve ser visto por todos, igreja e sociedade, como um todo sensibilizada por esse tempo da campanha da fraternidade aberto para toda a sociedade, independente de credo religioso ou função social. Esse cartaz da campanha, com a imagem do papa Francisco beijando os pés de uma pessoa humilde em Roma na missa do lava-pés e o tema da campanha é o que queremos desenvolver para que a igreja se coloque a serviço da sociedade e veja tudo aquilo que possamos fazer para alavancar a sensibilidade, o interesse e a consciência coletiva para a transformação da realidade e os problemas que estão aí e podermos fazer algo de concreto”, disse.

O coordenador de Campanhas da Arquidiocese, Padre João Maria Nascimento, disse que a instituição vem se preparando para a ação desde novembro passado, quando foram informados sobre o tema da campanha da fraternidade deste ano, através da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). E que, em dezembro, foi realizado treinamento com todas as 94 paróquias e, em janeiro, visitaram os 14 zonais preparando os religiosos para a vivência durante a ação em 2015.

“Escolhemos o dia 1º de março para que a igreja arquidiocesana começará a refletir bem sobre os eventos já durante a abertura da campanha, em Felipe Camarão. Logo depois, será feita a apresentação dela na Assembleia Legislativa e também na Câmara Municipal, no próximo dia 17, às 10h, uma audiência para os vereadores uma vivência da igreja, com relação ao tema escolhido para a campanha da fraternidade. Neste momento, vamos dialogar para mostrar a todos que somos mais uma voz a apontar o caminho correto”, explicou.

Já o pároco da Igreja Nossa Senhora de Auxiliadora, padre Antônio Teixeira, revelou que toda a comunidade ficou feliz com o convite para sediar o lançamento oficial da ação 2015 e que ela está se empenhada para o sucesso da ação. “Sentimos grande alegria em saber que nós, em Felipe Camarão, iríamos sediar esta grande festa, porque, muitas vezes, somos excluídos por estarmos entre um dos bairros mais violentos e carentes de Natal e trazer esse evento tão importante, é maravilhoso. Estou há oito anos lá e percebi muitas coisas boas sendo realizadas em prol da comunidade, para o crescimento das nossas crianças e jovens”, falou.

Papa alerta para perigos da indiferença
A Campanha da Fraternidade 2015 foi lançada no último dia 18, quando foi comemorada a Quarta-feira de Cinzas, pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em Brasília, com o lema “Eu vim para servir. Em pronunciamento oficial ao povo brasileiro, o papa Francisco destacou a importância da igreja não ficar indiferente às necessidades daqueles que estão ao seu redor.

Ele afirmou que a Quaresma é um período de penitência, oração, caridade e de se identificar com Cristo, através da entrega e generosidade aos irmãos, principalmente os mais necessitados. “As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos os que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo”, afirmou, no documento.

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