sexta-feira, 3 de junho de 2016

Justiça determina soltura de suspeito de estupro no Rio. Primeiro que havia se entregado à polícia, o jogador Lucas Perdomo convenceu os investigadores de que não estava na casa no momento em que a jovem foi violentada

ESTUPRO NO RIO DE JANEIRO

O jogador de futebol do Boavista, Lucas Perdomo (de boné), 20 anos, um dos suspeitos acusados de participar do estupro coletivo de uma jovem de 16 anos no último sábado (21), chega para prestar depoimento na Cidade da PolÌcia, sede das delegacias especializadas na zona norte do Rio de Janeiro (RJ) - 27/05/2016
O jogador de futebol do Boavista, Lucas Perdomo (de boné), 20 anos(Wilton Júnior/Estadão Conteúdo)

A Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav) pediu a prisão de mais dois homens e a revogação da prisão temporária de um dos suspeitos do estupro coletivo cometido contra a menor C. B. de 16 anos no Morro da Barão, em Jacarepaguá, no Rio. A Justiça acatou o pedido da delegacia na noite desta quinta-feira.

Três dias após se entregar, Lucas Perdomo, que é jogador do Boavista (clube da primeira divisão do futebol carioca), prestou depoimento e convenceu os investigadores de que não estava na casa no momento em que a adolescente foi violentada.

O pedido foi feito pela delegada Cristiana Honorato e o promotor Márcio Nobre opinou favoravelmente. "Ele continua sendo tratado como envolvido, mas não há mais necessidade de mantê-lo preso", afirmou a delegada. Agora, o juiz Ailton de Vasconcelos, da 2ª Vara Criminal de Jacarepaguá, é quem vai decidir se solta o rapaz. Os dois novos nomes que surgiram como suspeitos de terem estuprado a jovem são envolvidos com o tráfico. Site de VEJA apurou que um deles é Moisés Camilo de Lucena, conhecido como Canário, e o apelido do outro é Jefinho.

A delegada já havia dito que Lucas poderia ser solto por não ter sido identificado como um dos estupradores pela vítima. Apontado por ter um relacionamento com a adolescente, Luquinhas, como é conhecido, foi preso por estar perto do local do crime e por ter acompanhado a menor em um baile funk antes da agressão sexual. O suspeito encontra-se no Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste da cidade.

A garota deixou o Rio de Janeiro com a família após entrar no programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Mortes. Ela teria sido jurada de morte por traficantes do Morro da Barão. A delegada se queixou de que a saída dela do Estado pode atrapalhar as investigações por não poder mais interrogá-la sobre pontos conflitantes dos depoimentos dos suspeitos.

Marcelo Miranda da Cruz Correa e Michel Brazil da Silva, suspeitos de divulgarem as imagens da vítima na internet, e o gerente do tráfico do Morro da Barão, Sérgio Luiz da Silva Junior, conhecido como Da Rússia, tiveram a prisão decretada pela Justiça, mas permanecem foragidos.

por:Veja

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