O ministro do STF, responsável por conduzir o processo no Senado, também autorizou o pedido do advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo, para trocar a ordem das testemunhas. Em vez do ex-ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, o próximo a ser ouvido será o ex-secretário executivo do Ministério da Educação Luiz Cláudio Costa. Lewandowski considerou que não havia prejuízo para a acusação com a inversão da ordem.
A previsão é de que Barbosa seja o primeiro a falar na sessão deste sábado, ainda sem hora exata para começar. Após o ex-ministro, senadores ouvirão o professor de direito da UERJ Ricardo Lodi – que falará na condição de informante. “Vamos fazer um esforço para terminar mais uma testemunha hoje e ficarmos com os senhores Barbosa e Lodi para amanhã”, disse Lewandowski.
Com as últimas testemunhas sendo ouvidas no sábado, o julgamento do impeachment será retomado na segunda, com o depoimento de Dilma.
Julgamento – Na sessão desta sexta foi ouvido o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, na condição de informante – já que a acusação pretendia pedir seu impedimento e, em um acordo entre os dois lados, Cardozo concordou que sua condição fosse alterada. Na noite desta sexta, fala o advogado Geraldo Prado. A autora do pedido que embasou o impeachment, Janaína Paschoal, tentou o impedimento de Prado, alegado que ele havia participado de atos contra o impeachment, mas teve seu pedido indeferido por Lewandowski.
A defesa de Dilma desistiu de uma das testemunhas, a ex-secretária de Orçamento Federal Esther Dweck. Prevendo que senadores pró-impeachment tentariam a suspeição de Esther, nomeada por Gleisi Hoffmann (PT-PR) para um cargo no Senado, Cardozo pediu a retirada da testemunha. Segundo ele, para evitar “expor” a ex-secretária.
A maior parte dos senadores de oposição abriu mão de fazer perguntas para as testemunhas desta sexta, o que acelerou o processo.
(Com Estadão Conteúdo e Reuters)
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