Após duas semanas de julgamento, o banqueiro britânico Rurik Jutting, de 31 anos, foi condenado em Hong Kong por ter matado duas indonésias e ter torturado as vítimas com alicates e brinquedos sexuais. Segundo a “CNN”, Jutting ficará preso em prisão perpétua.
Enquanto o veredito foi lido, nesta terça-feira, o acusado ficou sentado, silenciosamente olhando à frente. Num comunicado divulgado por seus advogados ele disse que aceitou a decisão. “Continuo assombrado diariamente pela memória de minhas ações e pelo conhecimento da dor aguda que causei, lamento. Lamento mais que minhas palavras”, dizia a declaração.
O homem, que estudou na Universidade de Cambridge e na Winchester College, uma das mais prestigiadas escolas particulares da Grã-Bretanha, foi preso há dois anos após os corpos das vítimas serem encontrados em seu apartamento de luxo.
Sumarti Ningsih tinha um filho na Indonésia e foi visitar Hong Kong com visto de turista. Seu corpo mutilado foi descoberto dentro de uma mala na varanda do quarto do banqueiro. Já Seneng Mujiasih trabalhava como empregada doméstica e seu corpo foi encontrado dentro do apartamento, com ferimentos no pescoço e nas nádegas. Ela estava trabalhando em um bar quando conheceu Jutting. Os advogados de Jutting alegaram que ele tem um transtorno de personalidade.
Segundo as investigações, Ningsih foi torturada por três dias, utilizando o cinto de Jutting, brinquedos sexuais, um par de alicates e seus punhos. Ele a matou no banheiro, cortando sua garganta com uma faca. Na gravação, ele fala sobre pornografia e em transformar suas fantasias em realidade. Ele também discute se esconde o corpo e vai para a Grã-Bretanha. Após o segundo assassinato, ele ligou para a polícia.
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