O líder venezuelano pediu para evitar que as “oligarquias se imponham” no bloco, e argumentou que Paraguai, Argentina, Brasil e Uruguai pretendem “impor uma sanção que não existe” à Venezuela, que ostenta a presidência rotativa do bloco, mas que não pôde exercer a função com plenitude por causa das críticas desses quatro membros fundadores.
Maduro pediu aos povos da América Latina que “se mobilizem em defesa” do Mercosul, “cujos princípios e estatutos estão ameaçados por governos de direita que promovem uma agenda desestabilizadora contra a Venezuela”, segundo informa uma nota da agência estatal de notícias AVN.
O chanceler paraguaio, Eladio Loizaga, disse na segunda-feira que a partir do dia 1º de dezembro a Venezuela estará suspensa e “sem voz” no Mercosul e que continuará nestas condições até que se adapte aos estatutos internos. Loizaga assinalou que a Venezuela não poderá incorporar 112 resoluções do Mercosul porque interferem com a legislação interna do país.
Já o chanceler do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa, disse nesta terça-feira que a Venezuela terá voto no Mercosul quando internalizar as normas.
No dia 13 de setembro, os quatro fundadores do Mercosul decidiram que a Venezuela, aceita como membro de pleno direito em 2012, não poderia exercer a presidência porque ainda não ratificou todos os acordos e, apesar disso, o governo de Maduro insiste que exerce plenamente o comando do bloco.
Através de uma declaração conjunta, o bloco pediu à Venezuela que incorpore “cerca de 300 normas” para cumprir com suas obrigações como membro pleno.
(Com EFE)
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