sábado, 5 de novembro de 2016

Suspeita de contas secretas coloca Henrique sob holofotes da Lava Jato. Segundo Istoé, ex-ministro do PMDB escondeu R$ 3 milhões em propinas do Petrolão.

SUSPEITAS
Istoé obteve documentos que mostram movimentações financeiras de Henrique Alves de uma conta na Suíça para contas no Uruguai e Emirados Árabes. 
 
A IstoÉ apontou que o ex-ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB), teria tentado esconder cerca de R$ 3 milhões em propinas obtidas através do esquema do Petrolão. Segundo a revista, o ex-deputado realizou a transferência de recursos ilegais que estavam na Suíça para duas contas clandestinas, sendo uma nos Emirados Árabes e outra no Uruguai.

Ainda segundo a Istoé, a movimentação financeira ocorreu depois de Henrique Alves ter sido flagrado na Lava Jato, o que pode caracterizar o crime de obstrução da Justiça. A revista mostra que outros investigados na Lava Jato também tentaram manobras semelhantes para esconder provas dos investigadores e tiveram pedidos de prisão decretados.

“Os documentos encaminhados ao Brasil pelo Ministério Público Suíço explicam por que os agentes o tratam como “Sheik”. Reúnem extratos bancários e cartões de assinatura de contas. Eles mostram que, em março do ano passado, quando o procurador geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao STF os primeiros pedidos de investigações contra políticos, Henrique Alves esvaziou sua conta no banco Merrill Lynch e transferiu os recursos para bancos nos Emirados Árabes e no Uruguai. Na ocasião, Henriquinho, como é chamado pelos mais íntimos, foi um dos citados em delações premiadas, mas não virou alvo porque Janot entendeu que os indícios não eram suficientes para investigá-lo. Em abril, logo depois de escapar da 'lista de Janot', Henrique Alves foi nomeado ministro do Turismo pela então presidente Dilma. Deixou o cargo só em junho deste ano, já na gestão de Michel Temer, depois de a Lava Jato se deparar com a conta secreta na Suíça”, destaca a Istoé.

Em nota emitida pelo advogado de Henrique Eduardo Alves, o ex-presidente da Câmara “repudia veementemente” o conteúdo da reportagem e afirma que jamais realizou movimentações na conta bancária citada e que nunca teve conhecimento sobre os depósitos e transferências revelados pela Istoé.

Henrique Alves também é investigado em conjunto com o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em um inquérito sob suspeita de receber propina da OAS na forma de doações oficiais para sua campanha ao governo do Rio Grande do Norte em 2014. 

Confira a nota na íntegra:

NOTA À IMPRENSAA defesa de HENRIQUE EDUARDO ALVES repudia veementemente o teor da reportagem de Istoé desta semana.

A citada conta bancária jamais foi por ele movimentada e os depósitos e transferências nela realizados nunca foram de seu conhecimento, conforme será fartamente provado ao longo do processo.

A matéria de Istoé, por partir de falsa premissa, não se sustenta.A defesa confia na Justiça Federal do DF e tem a absoluta certeza de que HENRIQUE EDUARDO ALVES será inocentado.

Brasília, 04 de novembro de 2016.

Marcelo Leal Advogados Associados


por:FlavioOliveira/Nominuto.com



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