Istoé obteve documentos que mostram movimentações financeiras de
Henrique Alves de uma conta na Suíça para contas no Uruguai e Emirados
Árabes.
Ainda segundo a Istoé, a movimentação financeira ocorreu depois de Henrique Alves ter sido flagrado na Lava Jato, o que pode caracterizar o crime de obstrução da Justiça. A revista mostra que outros investigados na Lava Jato também tentaram manobras semelhantes para esconder provas dos investigadores e tiveram pedidos de prisão decretados.
“Os documentos encaminhados ao Brasil pelo Ministério Público Suíço explicam por que os agentes o tratam como “Sheik”. Reúnem extratos bancários e cartões de assinatura de contas. Eles mostram que, em março do ano passado, quando o procurador geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao STF os primeiros pedidos de investigações contra políticos, Henrique Alves esvaziou sua conta no banco Merrill Lynch e transferiu os recursos para bancos nos Emirados Árabes e no Uruguai. Na ocasião, Henriquinho, como é chamado pelos mais íntimos, foi um dos citados em delações premiadas, mas não virou alvo porque Janot entendeu que os indícios não eram suficientes para investigá-lo. Em abril, logo depois de escapar da 'lista de Janot', Henrique Alves foi nomeado ministro do Turismo pela então presidente Dilma. Deixou o cargo só em junho deste ano, já na gestão de Michel Temer, depois de a Lava Jato se deparar com a conta secreta na Suíça”, destaca a Istoé.
Em nota emitida pelo advogado de Henrique Eduardo Alves, o ex-presidente da Câmara “repudia veementemente” o conteúdo da reportagem e afirma que jamais realizou movimentações na conta bancária citada e que nunca teve conhecimento sobre os depósitos e transferências revelados pela Istoé.
Henrique Alves também é investigado em conjunto com o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em um inquérito sob suspeita de receber propina da OAS na forma de doações oficiais para sua campanha ao governo do Rio Grande do Norte em 2014.
Confira a nota na íntegra:
NOTA À IMPRENSAA defesa de HENRIQUE EDUARDO ALVES repudia veementemente o teor da reportagem de Istoé desta semana.
A citada conta bancária jamais foi por ele movimentada e os depósitos e transferências nela realizados nunca foram de seu conhecimento, conforme será fartamente provado ao longo do processo.
A matéria de Istoé, por partir de falsa premissa, não se sustenta.A defesa confia na Justiça Federal do DF e tem a absoluta certeza de que HENRIQUE EDUARDO ALVES será inocentado.
Brasília, 04 de novembro de 2016.
Marcelo Leal Advogados Associados
por:FlavioOliveira/Nominuto.com
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