sábado, 28 de janeiro de 2017

Eunício Oliveira: “Sei o que fiz e não fiz.” O virtual presidente do Senado diz que não se sente constrangido em assumir o cargo apesar de seu nome constar no rol de investigados da Operação Lava Jato

POLÍTICA
Se tudo transcorrer como combinado, Eunício Oliveira (PMDB-­CE) será eleito nesta quarta-feira para comandar o Congresso pelos próximos dois anos. O senador é um político que se pode chamar de “tradicional”, sucessor de um projeto de poder também tradicional e conhecido. Ele se elegeu deputado federal em 1998 e, desde 2011, ocupa uma das cadeiras do Senado. Nesse período, aproximou-se de dois exponentes do partido, o senador Renan Calheiros e o ex-senador José Sarney. Junto com o também senador Romero Jucá, Eunício, Renan e Sarney são conhecidos como os “caciques do PMDB” – um grupo que, pela capilaridade e influência, tem o condão de ditar para que lado os ventos da política devem soprar. Em entrevista a VEJA, o senador disse que não teme o fato de seu nome ter sido citado na Lava Jato e que nunca recebeu dinheiro ilegal. Diz que, caso seja eleito, vai ter uma atuação discreta, dedicar-se aos projetos que tratam das reformas econômicas e recuperar a imagem do Parlamento. Disse, ainda, que vai recolocar em discussão o projeto de abuso de autoridade, mas que a anistia ao caixa dois não está na pauta. Afirmou também que o presidente Michel Temer, do seu partido, não lhe pediu nada e que tanto na reforma trabalhista quanto da Previdência conversará com o governo e com as entidades de classe e que fará a reforma possível. “Nada entra no Congresso e sai como entrou”.

( Robson Bonin/Veja.com)

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