Febre amarela chega a GO e MS; casos suspeitos sobem para 550. De acordo com o governo, 40 mortes por febre amarela foram confirmadas no país

FEBRE AMARELA

O mosquito 'Haemagogus leucocelaenus', que transmite a febre amarela silvestre (Fio Cruz/Divulgação)

O número de casos suspeitos de febre amarela no Brasil subiu para 550, com 105 mortes suspeitas e 40 óbitos confirmados em 78 municípios. De acordo com o boletim divulgado nesta quinta-feira pelo Ministério da Saúde, Mato Grosso do Sul e Goiás aparecem pela primeira vez na lista de estados com casos suspeitos da doença este ano, com um registro cada.

Dos 550 casos notificados até agora, 72 (13,1%) foram confirmados, 23 (4,1%) descartados e 455 (82,8) continuam sob investigação. Minas Gerais lidera com 502 notificações da doença, seguida pelo Espírito Santo (33, Bahia (7) e São Paulo (3). O Distrito Federal registrou três suspeitas de febre amarela, mas todas foram descartadas.

Entre os pacientes com suspeita da doença, 105 morreram, 98 deles em Minas Gerais. Até o momento,  40 óbitos foram confirmados: 37 em Minas e três em São Paulo.

Vacina

A vacinação de rotina contra a febre amarela é oferecida em 19 estados do país que fazem parte da área de recomendação para imunização. Todas as pessoas que vivem nesses locais devem tomar duas doses da vacina ao longo da vida, com um intervalo de dez anos entre ela, segundo recomendação do Ministério da Saúde. Também precisam se vacinar, neste momento, pessoas que vão viajar ou vivem nas regiões que estão registrando casos da doença: leste de Minas Gerais, oeste do Espírito Santo, noroeste do Rio de Janeiro e oeste da Bahia.

Espírito Santo, Rio de Janeiro e parte da Bahia normalmente não são áreas de recomendação para vacinação contra a febre amarela, porém, a orientação agora é que a população das áreas próximas à divisa com o leste de Minas Gerais seja vacinada.

Na quarta-feira, o Ministério da Saúde anunciou o reforço de 11,5 milhões de doses. Além destas, este ano foram entregues 5,5 milhões de doses aos estados. Em anos em que não houve surto, foram distribuídas entre 800.000 e 1 milhão de doses do imunizante.

(Com Agência Brasil)