Familiares continuam em busca do trabalhador da construção, Wendell
Pinheiro, 22, que está desaparecido desde o último dia 14 de janeiro,
quando foi sequestrado por quatro homens armados em São Gonçalo do
Amarante. O último contato que a família teve com a vítima foi no dia do
crime por volta das 2h da madrugada, quando Wendell atendeu a uma
ligação e disse que a família não precisava ficar preocupada, pois o
sequestro havia sido um engano e ele tinha sido deixado em um terreno
baldio, mas não sabia onde estava.
De acordo com relatos da família, a chamada foi desligada logo em
seguida e nas próximas tentativas de entrar em contato, o telefone do
jovem estava desligado ou fora da área de cobertura. Na noite do
desaparecimento, um sábado, Wendell voltava de uma festa de aniversário,
acompanhado de um amigo. Ao ver um carro preto se aproximando, os
amigos se assustaram, achando que seriam vítimas de um assalto. Dentro
do veículo estavam quatro homens armados e encapuzados, de acordo com os
relatos do amigo de Wendell, ao prestar depoimento à polícia.
O amigo foi agredido pelos sequestradores e deixado no local. Logo
em seguida, os quatro homens abriram o porta malas do carro que
dirigiam, libertaram um homem, que estava preso no carro, e levaram
Wendell em seu lugar.
O chefe de investigações da Delegacia de São Gonçalo do Amarante,
Erivaldo Matias, acredita que o homem que foi deixado no local do crime
pode estar indiretamente envolvido com o sequestro.
Ainda de acordo com Erivaldo, ele e um adolescente, ligado ao
Sindicato do Crime do RN, podem ter participação indireta no
desaparecimento de Wendell, mas ambos negam qualquer participação no
crime.
“Wendell era usuário de cocaína, mas não estava envolvido com o
crime ou com nenhuma facção criminosa. Acredito que é uma questão
relacionada ao uso de drogas, talvez um acerto de contas. O homem que
estava no carro deve estar indiretamente ligado. Também tem um
adolescente que está relacionado e tinha fotos do Sindicato do Crime no
celular. Acredito que eles não falam por medo de serem mortos”,
esclarece Erivaldo Matias.
O chefe de investigação declara ainda que embora o crime tenha
acontecido na noite de sábado, as investigações só começaram da
segunda-feira porque as delegacias não tem funcionamento durante o fim
de semana e que devido a falta de informações, as buscas ainda não
começaram. “Ainda não estamos fazendo buscas porque não temos a menor
ideia de onde ele está. Precisamos de mais informações para começar a
procurar”, afirma Erivaldo Matias.
De acordo com relatos da família, Wendell trabalha em uma empresa
de construção civil, que faz obras no Rio de Janeiro e em São Paulo.
O jovem passa a maior parte do ano viajando e estava aproveitando
um período de férias, com a família. Wendell é casado, tem uma filha de
um ano de idade e espera o nascimento de sua segunda filha.
A estudante Aslane Silva, prima de Wendell, declarou para a
reportagem do NOVO que ele era um jovem “tranquilo, que não sabia brigar
com ninguém e que todos eram amigos dele”. A prima relata ainda que o
crime foi um choque para a toda a família, pois ele costumava conversar
com o pai e com a esposa e “teria contado se tivesse alguma coisa
errada”.
A família pede que quem tiver qualquer informação sobre Wendell Pinheiro entre em contato através do número (084) 9 9171-0508.
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