“Acredito absolutamente que funcionam”, disse o magnata em entrevista exclusiva à rede ABC News. De acordo com o republicano, seus chefes de inteligência consideram que técnicas como o “afogamento simulado”, conhecido como waterboarding nos Estados Unidos, podem dar resultados na luta contra o terrorismo.
Trump já havia feito comentários favoráveis sobre a tortura durante a campanha eleitoral, mas é a primeira vez que expõe sua opinião sobre o tema depois de eleito. Desta vez, o magnata não descartou que volte a utilizar técnicas que terminaram com a chegada do ex-presidente Barack Obama à Casa Branca, em 2009.
“Falei com pessoas da cúpula de inteligência e perguntei se a tortura funciona. A resposta foi sim. Quero manter o país seguro. Quando estão cortando cabeças dos nossos e de outros por serem cristãos no Oriente Médio e o Estado Islâmico faz coisas próprias da Idade Média, eu vou me preocupar com o afogamento simulado?”, declarou.
O republicano disse que escutará seu gabinete, especialmente o secretário de Defesa, James Mattis, e o diretor da Agência Central de Inteligência (CIA), Mike Pompeo, quando chegar a hora de determinar se serão retomadas as práticas que, até então, eram consideradas tortura pelo Congresso e pelo governo anterior. “Vou confiar em Pompeo, Mattis e meu grupo. Se eles não quiserem fazer, tudo bem. Se quiserem, trabalharei com esse objetivo dentro dos limites do que se pode fazer legalmente”, detalhou o novo líder.
O “afogamento simulado”, a privação de sono, o uso de cachorros agressivos, os gritos, os golpes e a humilhação foram algumas das técnicas de “interrogatórios forçados” instauradas pelo governo do presidente George W. Bush, após os atentados terroristas do dia 11 de setembro de 2001. Obama assinou ordens executivas ao chegar à Casa Branca em 2009 para pôr fim a essas práticas, enquanto o Senado, que já era de maioria republicana, legislou contra esses métodos em 2015.
Durante a sabatina de confirmação como diretor da CIA, Pompeo garantiu que não apoia a volta dos “interrogatórios forçados”, mas depois se mostrou aberto a modificar o manual que regula os interrogatórios.
(Com EFE)
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