A prisão em Roraima foi palco do segundo massacre do ano, no dia 6 de janeiro, quando 33 detentos foram assassinados, supostamente a mando da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A varredura, realizada na sexta-feira, apreendeu ainda 1,2 quilo de maconha e cocaína, 56 celulares, 136 armas brancas e materiais como uma garrafa pet contendo pólvora negra, dois sacos com sementes de maconha, três botijões de gás e duas máquinas de tatuagem. Os militares recolheram também R$ 607, oito cartões de crédito e uma carteira vencida de porte de arma.
Relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) do ano passado apontava, entre outros problemas, a existência de “barracos individuais e coletivos (favela dentro da penitenciária)”, no espaço destinado ao regime semiaberto. A operação foi denominada de Monte Cristo II e teve apoio da Polícia Militar e de agentes penitenciários. Segundo o ministro da Defesa, Raul Jungmann, os militares só entraram no complexo de Boa Vista após o isolamento dos presos num pátio.
A pasta informou que outros estados já formalizaram junto à Presidência da República pedido para o emprego das Forças Armadas nos presídios. Os procedimentos ocorrerão “nos próximos dias”, disse Jungmann, ressaltando que a operação só ocorrerá em locais em que não haja risco de confrontos com os detentos. Operações estão sendo planejadas em presídios do Amazonas, Rio Grande do Norte e Mato Grosso do Sul.
(Com Estadão Conteúdo)
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