Disputou dois Oscar, um como ator
coadjuvante, outro como protagonista, por seu papel em "O Homem
Elefante" (Suzanne Plunkett/Reuters)
Morreu, em decorrência de um câncer, aos 77 anos, o eclético ator inglês John Hurt,
conhecido pelo talento como “camaleão”, por conseguir interpretar
papeis de personagens completamente distintos. Com presença marcante no
cinema e no teatro, esteve em obras que foram de peças de Shakespeare à
primeira vítima da criatura espacial de Alien (1979); incluindo também o memorável papel como John Merrick, em o Homem Elefante
(1980), do cineasta David Lynch. Por esse último trabalho, no qual
encarnou o protagonista, um homem excluído da sociedade por sofrer de
uma deformação facial radical, em decorrência de uma rara doença,
concorreu ao Oscar, prêmio para o qual foi indicado também uma segunda
vez, na categoria Melhor Ator Coadjuvante, pelo filme O Expresso da Meia-Noite (1978).
Nascido
em 22 de janeiro de 1940, na cidade inglesa de Derbyshire, filho de um
clérigo anglicano e de uma engenheira, o envolvimento de Hurt com o
teatro começou na infância, quando assumia principalmente papeis
femininos – por que, dizia ele, tinha estatura baixa e voz aguda. Seu
primeiro filme, Um Grito de Revolta, data de 1962.
Desde então, fez múltiplos papeis, como em O Homem que Não Vendeu sua Alma e em O Espião que Sabia Demais. Entre os mais jovens, ficou conhecido também por fazer o papel do vendedor de varinhas mágicas Mr. Ollivander na saga Harry Potter.
Dizia
Sir Hurt – em julho de 2015, recebeu o título de cavaleira pela Ordem
Britânica, concedido pela rainha Elizabeth II: “Quando falo que atuar é
uma maneira mais sofisticada de brincar de cowboys e indígenas, trata-se
de uma forma de anular o que se tem de pretensioso em torno da
profissão de ator.”
(Veja.com)
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