segunda-feira, 17 de abril de 2017

Oposição turca denuncia fraude e pedirá recontagem dos votos. Principal opositor do presidente Erdogan, Partido Republicano do Povo (CHP) denunciou que o governo teria manipulado a votação

TURQUIA
 Apoiadores de Tayyip Erdogan se reúnem para celebrar resultado do referendo votado hoje (16) na Turquia
 Apoiadores de Tayyip Erdogan se reúnem para celebrar resultado do referendo votado hoje (16) na Turquia - 16/04/2017 (Elif Sogut/Getty Images)


O principal partido de oposição da Turquia declarou que pedirá recontagem de até 60% dos votos do referendo que decidiu neste domingo pela instauração do sistema presidencial no país.

A Alta Comissão Eleitoral, no entanto, disse que considerará os votos apurados, a menos que possa ser comprovada a fraude.

Com quase 100% dos votos apurados, a opção pelo presidencialismo foi confirmada pela agência de notícias estatal Anadolu, com 51,35% dos votos a favor da mudança, contra 48,65% pela manutenção do parlamentarismo. O resultado amplia os poderes do autoritário presidente Recep Erdogan

O Partido Republicano do Povo (CHP) fez campanha contra a reforma e denunciou que o governo teria manipulado a votação.

Entre as irregularidades denunciadas pela oposição, destacam-se a escassez de cédulas de voto em algumas localidades do sudeste e a falta de cabines para manter o voto secreto em outras.

Em vários colégios eleitorais, os selos que eram entregues para estampar a parte branca (Sim) ou marrom (Não) da cédula, não marcavam a palavra “Escolho”, como é previsto, mas a palavra “Sim”, o que gerou certa confusão. Apesar da mudança, a Alta Comissão Eleitoral pretende contar as cédulas que não foram seladas pela mesa eleitoral como válidas.

“Dizem que são válidas as papeletas e envelopes sem selo oficial. Isso é ilegal. Isso quer dizer que podem ser trazidos votos de fora”, disse à imprensa o vice-presidente do CHP, Bülent Tezcan.


(com EFE e Reuters)

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