TROCA DE ACUSAÇÕES
O presidente do Peñarol, Juan Pedro Damiani,
acusou Felipe Melo de ter sido o responsável pela briga generalizada no
estádio Campeón de Siglo logo após a vitória do Palmeiras por 3 a 2. A
confusão começou no campo, com os jogadores dos dois times, e se
estendeu para a arquibancada.
"Felipe Melo gerou toda a violência. No futebol
se ganha ou perde, mas nós não podemos permitir que isso transborde.
Felipe Melo armou a confusão quando acertou um soco em Mier. Os
jogadores foram à arquibancada para tentar apaziguar. É lamentável,
viemos viver uma grande festa,", disse o mandatário do time uruguaio ao
jornal "Sport 890".Diferentemente do que diz o dirigente do Peñarol, os
atletas e diretoria do Palmeiras culparam os uruguaios por incitar e
provocar a confusão. De acordo com o assessor de imprensa do time
alviverde, Gustavo H. Souza, Felipe Melo sofreu insultos racistas em
campo.O goleiro Fernando Prass também defendeu o volante, afirmando que
Melo teve de reagir com soco para se defender.Não seria a primeira vez
que Felipe Melo reclama de racismo. Há duas semanas, quando Palmeiras e
Peñarol se enfrentaram no Allianz Parque, o volante saiu dizendo que um
dos rivais tinha o chamado de "macaco" durante a partida. O jogador
avisou, no entanto, que a agressão ficaria limitada ao gramado e que não
tomaria nenhuma atitude sobre o assunto, até porque teria ouvido um
pedido de desculpas em campo.Durante a semana, nos dias que antecederam a
vitória palmeirense por 3 a 2 em Montevidéu, Felipe Melo foi alvo de
ofensas por intermédio das redes sociais. Até familiares do atleta se
mobilizaram para denunciar os agressores.Na última quarta, a disputa foi
além da agressão verbal. Felipe Melo foi cercado por jogadores do
Peñarol assim que soou o apito final. Ele tentou de desvencilhar do
grupo e saiu em disparada pelo gramado, sendo perseguido pelos rivais. O
volante então acertou um soco em Matias Mier, dando início à parte mais
tensa e violenta do confronto, que só terminaria nos
vestiários.REPERCUSSÃOO jornal espanhol "Mundo Deportivo" destacou que
jogadores do Peñarol visavam especialmente Felipe Melo após a partida. A
publicação apresentou comentários de Eduardo Baptista, afirmando que o
Palmeiras teve de brigar para se defender, citando também os portões
fechados, que impediram a entrada imediata dos atletas ao vestiário.O
jornal uruguaio "El Observador" acusa a torcida do Palmeiras de começar o
incidente na arquibancada do estádio. A publicação uruguaia diz que
torcedores alviverdes invadiram setor rival e agrediram torcedores do
Peñarol. Os uruguaios revidaram com pedaços de madeira e materiais de
plástico.Para o "Clarín", da Argentina, uma "grande partida foi ofuscada
por briga. Torcidas foram separadas por apenas uma grade, com poucos
seguranças."Já o "As", da Espanha destacou a possibilidade de as equipes
serem punidas pela violência.
(Com informações da Folhapress.)
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