Veículo da empresa Prosegur é alvo de ataque em Ciudad del Leste no Paraguai (Reprodução/Twitter)
As polícias do Brasil e do Paraguai acreditam que o Primeiro Comando da Capital (PCC) está envolvido no assalto milionário à empresa de transporte de valores Prosegur, em Ciudad del Este, no Paraguai, na madrugada de segunda-feira. Pelo menos 30 homens com armamento de guerra – como metralhadoras, fuzis e explosivos – roubaram US$ 40 milhões (R$ 120 milhões). Um policial e três bandidos morreram e quatro pessoas ficaram feridas. O assalto é apontado como o maior da história do Paraguai. As informações são da edição desta terça-feira do jornal O Estado de S.Paulo.
O ministro do Interior do Paraguai, Lorenzo Lescano, disse que “tudo aponta para o PCC”. Segundo ele, os veículos usados
tinham placas do Brasil e os criminosos falavam português. “Vão, vão, não olhem para trás”, diziam às testemunhas.
tinham placas do Brasil e os criminosos falavam português. “Vão, vão, não olhem para trás”, diziam às testemunhas.
De acordo com as investigações, o PCC controla o tráfico de drogas e armas na fronteira com o Paraguai desde a morte de Jorge Rafaat Toumani, em uma emboscada em Pedro Juan Caballero, em junho de 2016. Ele atuava como intermediário do crime organizado no comércio de cocaína, maconha e armamento pesado e foi morto com tiros de ponto 50, que perfuraram o carro
blindado em que estava.
blindado em que estava.
Conforme a Secretaria Nacional Anti-Drogas (Senad) do Paraguai, ao bancar a execução do “rei da fronteira”, a facção paulista
se credenciou para assumir as principais posições ao longo da linha internacional. As bases do PCC, antes concentradas
em Ciudad del Este e Foz do Iguaçu, foram estendidas a Salto del Guaíra, na fronteira com Guaíra, no Paraná, e Pedro Juan
Caballero, vizinha de Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul.
se credenciou para assumir as principais posições ao longo da linha internacional. As bases do PCC, antes concentradas
em Ciudad del Este e Foz do Iguaçu, foram estendidas a Salto del Guaíra, na fronteira com Guaíra, no Paraná, e Pedro Juan
Caballero, vizinha de Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul.
Segundo o jornal, depois da morte de Rafaat, houve ao menos 38 execuções na fronteira, em um processo de eliminação dos supostos colaboradores dele. “Com a estrutura montada, o passo seguinte é mostrar força e marcar território, além de reforçar o caixa. Podem acontecer mais ataques (a empresas) no Paraguai ou na Bolívia”, alertou Edgar Almada, diretor Antidrogas da Senad.
Assalto
Os criminosos instalaram explosivos para destruir a entrada da sede da transportadora. Além disso, ao menos quinze veículos foram incendiados pela cidade com o objetivo de confundir a polícia.
O presidente do Paraguai, Horacio Cartes, ordenou que militares apoiem o trabalho da polícia para colocar ordem na cidade, segundo autoridades locais.
Segundo o ministro do Interior, Lorenzo Lezcano, a maioria os carros usados no assalto tinha placa do Brasil.
Em comunicado, o governo brasileiro informou que o presidente Michel Temer determinou ao ministro da Justiça, Osmar Serraglio, que coloque a Polícia Federal à disposição das autoridades paraguaias para colaborar com as investigações.
“O governo federal acompanha os desdobramentos das ações policiais já em curso em território nacional e apoiará, com todos os recursos necessários, as investigações conduzidas atualmente pelas autoridades paraguaias”, disse a nota da Presidência.
(Veja.com.br)
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