AGORA É A VEZ DA MERENDA
Veículos da Polícia Federal (Vagner Rosário/VEJA.com)
A Polícia Federal prendeu hoje o empresário Marco Antonio de Luca,
responsável pelo fornecimento de alimentos para presídios e escolas do
Rio de Janeiro. As prisões foram feitas na Operação Ratatouille, mais um
desdobramento da Lava Jato.
O objetivo da operação é desarticular um esquema criminoso
de desvio de recursos para o pagamento de propina do esquema do
ex-governador Sergio Cabral.
De Luca participou do episódio conhecido como ‘farra dos
guardanapos’, uma festa em Paris que reuniu Cabral, secretários de
governo e empresários.
O foco da ação são as empresas Mazan e Milano, que pertencem
ao mesmo grupo familiar. Elas forneciam também alimentação para
hospitais públicos do estado e para o Comitê Olímpico Brasileiro (COB)
durante os Jogos Olímpicos do ano passado. Nos últimos dez anos, as duas
empresas tiveram contratos superiores a 700 milhões de reais com o
governo do Rio de Janeiro.
Os policiais federais cumprem um mandado de prisão
preventiva e nove mandados de busca e apreensão, expedidos pelo juiz
Marcelo Bretas, 7ª Vara Federal Criminal do Rio, nos bairros da Barra da
Tijuca, do centro da cidade, em Ipanema e no Leblon, no município do
Rio, e nas cidades de de Mangaratiba e Duque de Caxias.
As investigações, iniciadas há seis meses, indicam o
pagamento de pelo menos 12,5 milhões de reais em vantagens indevidas a
autoridades públicas por um empresário do ramo de alimentação que
mantinha contratos com o governo do Estado do Rio.
De acordo com a PF, “o nome da operação remete a um prato
típico da culinária francesa, em referência a um jantar em restaurante
de alto padrão em Paris, no qual estavam presentes diversas autoridades
públicas e empresários que possuíam negócios com o estado”.
A operação é feita em conjunto com o Ministério Público Federal e a Receita Federal.
(Com Agência Brasil)
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