CALENDÁRIO PARA 2018
Políticos e empresários reunidos em apresentação do calendário (Divulgação Rock in Rio/Divulgação)
Em meio à crise de violência na favela da
Rocinha, na zona Sul, a prefeitura do Rio de janeiro, em parceria com os
governos estadual e federal, apresentou neste domingo (24) o novo
calendário de eventos para o próximo ano. O lançamento do programa,
intitulado “Rio de Janeiro a janeiro”, ocorreu na cidade do Rock e
contou com a participação do prefeito Marcelo Crivella (PRB) e do
governador Luiz Fernando Pezão (PMDB). Entre os 106 acontecimentos
previstos para 2018, quase trinta são na área de esporte, como a
abertura do Campeonato Brasileiro, o Rio Open ATP 500 e o torneio de
maratona aquática “Rei e Rainha do Mar”. O restante do calendário varia
entre gastronomia, arte e negócios.
As autoridades apostam no turismo como a principal alavanca
para a economia carioca, ao gerar empregos e aumentar a arrecadação
tributária. Para o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da
República, Moreira Franco (PMDB), também presente no evento, o primeiro e
mais importante passo para atrair olhares de turistas para o Rio de
Janeiro é reestabelecer a segurança na cidade. “É necessário dar uma
virada nessa situação terrível, difícil e constrangedora de que não só o
cidadão fluminense, mas o brasileiro vive”, explicou Moreira Franco. O
prefeito Crivella concordou e apontou que “a segurança pública do Rio
deprime o turismo”. Para ele, “Deus ajudou” que os grandes eventos
sediados na cidade fossem um sucesso e não tivessem interferência da
violência. “O ideal seria haver uma olimpíada todo mês. Quando temos um
evento que é do Brasil, de algum jeito, a segurança vem pra cá. ”,
afirmou.
O calendário terá um investimento de cerca de 200 milhões de
reais e prevê um aumento em 20% do fluxo de turismo na cidade, gerando
um retorno para a prefeitura de 170 milhões de reais em impostos. Para
Roberto Medina, idealizador do Rock in Rio, que já garantiu a próxima
edição do festival em 2019 no Parque Olímpico, “as pessoas precisam
parar com essa conversa demagoga de que o turismo é elitista.”. O
empresário acredita que a maior beneficiada pelo crescimento do turismo é
justamente a classe popular. “A maioria dos empregos gerados vai para
pessoas das periferias”, explica Medina.
Ainda no evento, o governador Luiz Fernando Pezão reafirmou o
anúncio que fez durante a semana sobre a criação de um fundo especial
para a segurança. Ele enviará ainda essa semana, para a Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ), o projeto de uma emenda
constitucional que propõe que 5% dos royalties do petróleo, dentre os
10% destinados a área ambiental, passem a ser investidos na segurança.
“Precisamos garantir a integração com a prefeitura nas operações legais
para melhorar as polícias militar e civil. Esse fundo de segurança
permite ainda que a iniciativa privada invista em segurança e abata em
impostos. ”, afirmou Pezão. O projeto do Executivo precisará do apoio de
42 dos 70 deputados para ser aprovado.
( Por
Isabela Izidro/Veja.Abril.com.br)
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