segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Rio de Janeiro lança calendário de eventos para 2018. O anúncio ocorreu neste domingo na cidade do Rock e contou com a participação do prefeito Marcelo Crivella e do governador Pezão

CALENDÁRIO PARA 2018
 
 Políticos e empresários reunidos em apresentação do calendário (Divulgação Rock in Rio/Divulgação)

Em meio à crise de violência na favela da Rocinha, na zona Sul, a prefeitura do Rio de janeiro, em parceria com os governos estadual e federal, apresentou neste domingo (24) o novo calendário de eventos para o próximo ano. O lançamento do programa, intitulado “Rio de Janeiro a janeiro”, ocorreu na cidade do Rock e contou com a participação do prefeito Marcelo Crivella (PRB) e do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB). Entre os 106 acontecimentos previstos para 2018, quase trinta são na área de esporte, como a abertura do Campeonato Brasileiro, o Rio Open ATP 500 e o torneio de maratona aquática “Rei e Rainha do Mar”. O restante do calendário varia entre gastronomia, arte e negócios.

As autoridades apostam no turismo como a principal alavanca para a economia carioca, ao gerar empregos e aumentar a arrecadação tributária. Para o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Moreira Franco (PMDB), também presente no evento, o primeiro e mais importante passo para atrair olhares de turistas para o Rio de Janeiro é reestabelecer a segurança na cidade. “É necessário dar uma virada nessa situação terrível, difícil e constrangedora de que não só o cidadão fluminense, mas o brasileiro vive”, explicou Moreira Franco. O prefeito Crivella concordou e apontou que “a segurança pública do Rio deprime o turismo”. Para ele, “Deus ajudou” que os grandes eventos sediados na cidade fossem um sucesso e não tivessem interferência da violência. “O ideal seria haver uma olimpíada todo mês. Quando temos um evento que é do Brasil, de algum jeito, a segurança vem pra cá. ”, afirmou.

O calendário terá um investimento de cerca de 200 milhões de reais e prevê um aumento em 20% do fluxo de turismo na cidade, gerando um retorno para a prefeitura de 170 milhões de reais em impostos. Para Roberto Medina, idealizador do Rock in Rio, que já garantiu a próxima edição do festival em 2019 no Parque Olímpico, “as pessoas precisam parar com essa conversa demagoga de que o turismo é elitista.”. O empresário acredita que a maior beneficiada pelo crescimento do turismo é justamente a classe popular. “A maioria dos empregos gerados vai para pessoas das periferias”, explica Medina.

Ainda no evento, o governador Luiz Fernando Pezão reafirmou o anúncio que fez durante a semana sobre a criação de um fundo especial para a segurança. Ele enviará ainda essa semana, para a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ), o projeto de uma emenda constitucional que propõe que 5% dos royalties do petróleo, dentre os 10% destinados a área ambiental, passem a ser investidos na segurança. “Precisamos garantir a integração com a prefeitura nas operações legais para melhorar as polícias militar e civil. Esse fundo de segurança permite ainda que a iniciativa privada invista em segurança e abata em impostos. ”, afirmou Pezão. O projeto do Executivo precisará do apoio de 42 dos 70 deputados para ser aprovado.

( Por Isabela Izidro/Veja.Abril.com.br)

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