TIROTEIO NO RIO
Soldado do Exército patrulha a Rocinha observado por moradores (Bruno Kelly/Reuters)
Vista da comunidade da Rocinha durante o terceiro dia de ocupação das Forças Armadas, no Rio - 24/09/2017 (Vladimir Platonow/Agência Brasil)
Operações das Forças Armadas durante o terceiro dia de ocupação na Rocinha, no Rio - 24/09/2017 (Vladimir Platonow/Agência Brasil)
Operações das Forças Armadas durante o terceiro dia de ocupação na Rocinha, no Rio - 24/09/2017 (Vladimir Platonow/Agência Brasil)
Depois de um dia calmo – o primeiro em uma semana -, a comunidade da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, voltou a registrar troca de tiros, no fim da tarde desde domingo (24). Policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) afirmaram que o tiroteio não deixou feridos.
Desde a sexta-feira, a favela é alvo de operação das Forças Armadas com a Polícia Militar. O objetivo é prender traficantes ligados a Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, e Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157,
que disputam o tráfico local. Na véspera, confrontos entre criminosos,
policiais e militares ocorreram na favela e em outros pontos da cidade.
Três suspeitos morreram, nove foram presos e pelo menos 18 fuzis foram
apreendidos, além de granadas, munições e drogas.
Nas redes sociais, foram compartilhadas neste domingo fotos
que seriam de casas invadidas ilegalmente por policiais e militares na
Rocinha. São imagens de portas arrombadas e casas reviradas,
acompanhadas de relatos de supostas agressões verbais e físicas contra
moradores e de roubo de pertences pessoais, como celulares e pares de
tênis.
O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB),
disse neste domingo que desconhece informações sobre essas
invasões. “Eu não tenho informação sobre isso. Estou em contato
permanente com muitos moradores que conheço da Rocinha. A PM, com o
Batalhão de Choque, o Batalhão de Operações Especiais, o Batalhão de
Cães, fica o tempo que for necessário para continuarmos com as
apreensões de drogas e fuzis e levar paz àquela comunidade. Ainda tem
muita informação que chega ao setor de inteligência”, declarou.
Escolas
Por medida de segurança, pelo menos oito escolas, entre
públicas e particulares, localizadas na região da Rocinha não
funcionarão nesta segunda-feira (25) por causa da ocupação policial e
militar da favela. Cinco escolas, duas creches e um Espaço de
Desenvolvimento infantil (EDI) ficarão fechadas, deixando sem aulas
cerca de 2.500 alunos.
Instituições privadas de ensino situadas nos arredores da
comunidade, como Teresiano, Escola Parque e Escola Americana, na Gávea,
já avisaram que também não vão funcionar nesta segunda. A Escola
Americana anunciou que as aulas estão suspensas até quarta-feira.
(Vladimir Platonow/Agência Brasil)
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