Cerca de cinco mil empregos
estão ameaçados no Rio Grande do Norte com a ação do Ministério Público
do Trabalho (MPT-RN) contra a Guararapes. Diante disso, o PORTAL NO AR
buscou, nesta quarta-feira (20), o posicionamento dos parlamentares
potiguares que integram a bancada federal para saber de que lado eles
estão.
O MPT-RN quer que a empresa pague R$ 38
milhões de indenização para trabalhadores de 62 facções têxteis que
prestam serviço por meio do programa Pró-Sertão. A Guararapes acusa o
órgão de perseguição e ameaça encerrar as atividades no estado, o que
geraria milhares de desempregados, principalmente no interior.
A bancada federal do RN em Brasília é
composta por oito deputados e três senadores. Todos os parlamentares
ouvidos pelo PORTAL NO AR demonstraram preocupação quanto ao risco aos
empregos dos trabalhadores. Alguns, inclusive, criticaram a postura do
MPT, o que pode ser lido a seguir.
Na Câmara dos Deputados
Antônio Jácome (Podemos)
“Vamos construir juntos um entendimento para que a atividade não sofra, que não haja desemprego e que os direitos trabalhistas sejam respeitados”.
“Vamos construir juntos um entendimento para que a atividade não sofra, que não haja desemprego e que os direitos trabalhistas sejam respeitados”.
Beto Rosado (PP)
“O MPT se excedeu. O caminho não é esse. Precisamos gerar mais empregos e não tirar os que temos”.
“O MPT se excedeu. O caminho não é esse. Precisamos gerar mais empregos e não tirar os que temos”.
Fábio Faria (PSD)
“Isso não pode continuar, precisamos incentivar os empresários a investirem no estado, não os afastarem. Empresário é quem gera emprego e o grupo Guararapes orgulha o RN e o Brasil”.
“Isso não pode continuar, precisamos incentivar os empresários a investirem no estado, não os afastarem. Empresário é quem gera emprego e o grupo Guararapes orgulha o RN e o Brasil”.
Felipe Maia (DEM)
“Espero que aqueles que deveriam garantir o equilíbrio nas relações trabalhistas, não aumentem a massa de desempregados no RN”.
“Espero que aqueles que deveriam garantir o equilíbrio nas relações trabalhistas, não aumentem a massa de desempregados no RN”.
Rafael Motta (PSB)
“Acredito que com uma solução diplomática por parte dos dois lados se chegue a um acordo. Podem estabelecer um TAC tendo em vista a importância desses empregos para empresários e funcionários”.
“Acredito que com uma solução diplomática por parte dos dois lados se chegue a um acordo. Podem estabelecer um TAC tendo em vista a importância desses empregos para empresários e funcionários”.
Rogério Marinho (PSDB)
“Quero me colocar frontalmente contra essa atitude que na verdade é contra o emprego, é contra o trabalhador, é contra a geração de renda”.
“Quero me colocar frontalmente contra essa atitude que na verdade é contra o emprego, é contra o trabalhador, é contra a geração de renda”.
Walter Alves (PMDB)
“Sei da importância das facções têxteis para a economia do estado – especialmente no Seridó –, e reforço meu apoio aos trabalhadores”.
“Sei da importância das facções têxteis para a economia do estado – especialmente no Seridó –, e reforço meu apoio aos trabalhadores”.
A deputada Zenaide Maia, do PR, não pôde
se pronunciar para a reportagem do PORTAL NO AR. De acordo com a
assessoria de imprensa da parlamentar, ela estava em reunião até o
fechamento desta matéria.
No Senado
José Agripino (DEM)
“Eu torço e lutarei pelo entendimento. Faço questão de ressaltar que nossa obrigação é lutar, acima de tudo, pela manutenção dos empregos. O nosso estado não pode perder tantos postos de trabalho”.
“Eu torço e lutarei pelo entendimento. Faço questão de ressaltar que nossa obrigação é lutar, acima de tudo, pela manutenção dos empregos. O nosso estado não pode perder tantos postos de trabalho”.
Garibaldi Filho (PMDB)
“Quero externar uma palavra de conciliação e um pedido de que seja
negociado um acordo entre o Ministério Público do Trabalho e a
Guararapes Confecções. O Rio Grande do Norte não pode desperdiçar os
valiosos empregos que a companhia oferece, ao mesmo tempo em que os
trabalhadores devem ter respeitados os seus direitos”
A senadora Fátima Bezerra, do PT, estava
no Plenário durante a apuração da reportagem e, por esse motivo, não
pode se pronunciar – de acordo com a assessoria. O senador Garibaldi
Filho, do PMDB, foi procurado pela reportagem, mas não foi localizado
até a publicação deste texto.
A reportagem do PORTAL NO AR reitera que
deixa espaço aos parlamentares que ainda não se pronunciaram sobre a
questão para que possam assim fazer.
( Por Ayrton Freire e Júlio Rocha/Portal no Ar)
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