sábado, 30 de setembro de 2017

Justiça mantém miliciano Batman em presídio federal no RN. Juiz acatou pedido de secretário de segurança do Rio, Roberto Sá. Ex-PM está preso em Mossoró desde 2009

'CHEFE' DA LIGA DA JUSTIÇA
 
 Batman, líder da milícia Liga da Justiça, que atuava na Zona Oeste, está preso desde 2009
Rio - A Justiça do Rio manteve o miliciano Ricardo Teixeira da Cruz, o Batman, no presídio federal de Mossoró (RN), onde ele está desde 2009. O juiz da Vara de Execuções Penais do Rio de Janeiro, Rafael Estrela, aceitou pedido feito pelo secretário de Segurança do estado, Roberto Sá.

De acordo com as informações prestadas pela Secretaria de Segurança ao magistrado, “Batman é ex-PM e estaria envolvido com a milícia conhecida como Liga da Justiça, que atua na zona oeste do Rio, bem como com crimes praticados por esse grupo criminoso, sendo um dos líderes influentes nas regiões de atuação".

Na decisão, o juiz Rafael Estrela destaca a importância de o preso ser mantido distante de sua área de atuação. “A permanência do apenado fora dos limites do estado do Rio de Janeiro é um importante obstáculo ao fluxo de comunicações entre tais líderes e seus comandados no que tange à transmissão de ordens ilícitas, o que viabiliza a continuidade da austera política de segurança pública implementada pelas autoridades fluminenses”, escreveu o magistrado.

Na terça-feira passada, o juiz já havia recorrido à presidência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para manter em Mossoró outro miliciano, Toni Angelo Souza Aguiar, que era considerado braço direito de Ricardo Cruz.

Liga da Justiça atuava Zona Oeste

A Liga da Justiça foi criada entre os anos de 1995 e 1996 e tem como símbolo um morcego de asas abertas, numa alusão a um de seus fundadores, o Batman. O grupo miliciano começou dando segurança a comerciantes do bairro de Cosmos, na Zona Oeste da capital fluminense. Depois, estendeu sua área de atuação para Campo Grande, Inhoaiba e Santíssimo, na mesma região, onde passou a controlar a venda de gás, sinal de TV a cabo e oferecia também segurança aos moradores que tinham na frente da casa o símbolo do morcego, sinal de que estavam protegidos pela milícia.


(Com informações da Agência Brasil)

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