O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), transferiu o
controle operacional dos órgãos de Segurança Pública do estado para o
general de brigada Ridauto Lúcio Fernandes, comandante da Operação
Potiguar III, para "garantia da Lei e da Ordem", que começou nesta
sexta-feira (29) na região metropolitana de Natal e Mossoró.
O decreto foi publicado no Diário Oficial do Estado deste sábado (30).
Com isso, toda a responsabilidade pelas ações das forças estaduais de
segurança também passa a ser do Exército. A medida vale até o dia 12 de
janeiro.
Apesar da presença do Exército, a capital teve uma noite violenta, com
assaltos, roubos e confronto armado entre facções criminosas rivais.
Como argumento para a transferência do controle operacional, o
governador considerou a paralisação das atividades dos policiais
militares e civis que gerou "insegurança e transtornos à população do
Estado".
Procurado pelo G1,
o coronel Erland Mota, relações públicas do Exército na Operação
Potiguar III, informou que a medida não significa uma suplantação do
poder da Secretaria de Estado da Segurança ou do comando das polícias
estaduais. "O objetivo é apenas sincronizar as ações, criar um
planejamento centralizado", declarou.
Ainda de acordo com o coronel, a decisão está resguardada pela Lei
Complementar 97 de 1999, que regulamento o uso das tropas na garantia da
lei e da ordem. A primeira reunião entre os órgãos está marcada para a
manhã deste sábado.
O envio de dois mil homens ao Rio Grande do Norte foi anunciado nesta sexta (29) pelo ministro da Justiça Raul Jungman. Ainda durante a noite, 720 homens já começaram o patrulhamento na capital potiguar. Os demais devem chegar ao estado ao longo do final de semana.
Protestos
Policiais e bombeiros militares do Rio Grande do Norte estão aquartelados desde a última terça-feira (19).
Policiais civis trabalham em regime de plantão desde o dia 20 de
dezembro. As categorias reivindicam, além de melhores condições de
trabalho, o pagamento dos salários e 13º.
A paralisação das polícias gerou uma onda de crimes em várias cidades do estado. Assaltos, arrombamentos e arrastões se repetem diariamente. Em 10 dias, foram registrados mais de 500 casos somente na Grande Natal.
A paralisação das polícias gerou uma onda de crimes em várias cidades do estado. Assaltos, arrombamentos e arrastões se repetem diariamente. Em 10 dias, foram registrados mais de 500 casos somente na Grande Natal.
O governo pagou na sexta-feira os salários de novembro dos servidores
que ganham até R$ 4 mil. Segundo o Executivo, foram 86% da folha das
polícias foi quitada. Ainda assim, os militares seguem aquartelados. O
governo afirmou que vai concluir o pagamento de novembro na primeira
semana de janeiro e trabalha para quitar em janeiro o salário de
dezembro e o 13º.
(Por G1 RN)
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