O Ministério da Defesa anunciou nesta sexta-feira (29) o envio de 2 mil
homens das Forças Armadas para reforçar o patrulhamento nas ruas do Rio
Grande do Norte. Segundo o ministério, os primeiros 500 homens vão para
o estado já nesta sexta. Os demais chegarão em até 48 horas.
O reforço das Forças Armadas será utilizado inicialmente na região de
Natal, capital do estado, e de Mossoró. De acordo com o ministro da
Defesa, Raul Jungmann, pode haver deslocamento para outras áreas em caso
de necessidade. O reforço federal fica no estado, a princípio, por 15
dias, mas esse prazo pode ser prorrogado.
Policiais e bombeiros militares do Rio Grande do Norte estão
aquartelados desde a última terça-feira (19). Policiais civis trabalham
em regime de plantão desde quarta (20). As categorias reivindicam, além
de melhores condições de trabalho, o pagamento dos salários e 13º.
A paralisação das polícias gerou um onda de crimes em várias cidades do estado. Assaltos, arrombamentos e arrastões se repetem diariamente desde o dia 19.
Desde o início da crise na segurança, o governo federal enviou cem homens da Força Nacional para auxiliar no patrulhamento. Eles se juntaram aos 120 integrantes da Força Nacional que já atuavam no estado.
Essa é a segunda vez que as Forças Armadas vêm auxiliar na segurança do RN somente em 2017. Em janeiro, cerca de 1,8 mil homens integraram a operação Potiguar II para combater a onda de ataques criminosos que acontecia em várias cidades do estado.
Socorro financeiro
Para conseguir pagar os salários dos servidores, o governo do estado
recooreu ao governo federal. O próprio governador anunciou nas redes
sociais - no dia 21 de dezembro - que o RN receberia R$ 600 milhões do
governo federal e divulgou caledário de pagamento dos salários de
novembro, dezembro e 13º. Mas o Ministério da Fazenda negou o repasse após recomendação do Ministério Público de Contas. O estado recorreu da decisão administrativamente.
Na terça (26), a secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi,
afirmou que está em estudo no Ministério da Fazenda e no Banco Mundial um plano para ajudar o Rio Grande do Norte. Segundo ela, a ajuda não envolverá recursos da União, mas, sim, um empréstimo do Banco Mundial ao estado.
(Por G1 RN e do G1, em Brasília)
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