Conversando com a equipe do programa
Timeline, da Rádio Gaúcha, Padre Fábio de Melo impressionou – mais uma
vez – pela transparência. Durante a entrevista, o religioso falou sobre
temas delicados como o suicídio da própria irmã, fato que ocorreu em
2016, o problema que teve com a Síndrome do Pânico e a ansiedade causada
pela vida moderna.
Durante entrevista transmitida nesta
sexta, Padre Fábio de Melo abriu o coração e não teve rodeios na hora de
revelar que 2017 foi um dos piores anos de sua vida. Segundo ele, o
período foi complicado por ter o colocado de frente a questões antigas,
como a própria gestão de tempo e o contato com pessoas queridas.
O estopim foi o suicídio da irmã
Aparecida, em setembro de 2016. O fato fez com que o Padre questionasse
sua maneira de enxergar a vida até então e desenrolou no desenvolvimento
da Síndrome do Pânico em seu organismo. A Síndrome representou uma das
principais dificuldades com as quais teve que lidar no ano que se
encerra. Apavorado com pensamentos paralisantes, chegou a não conseguir
sair de casa por quinze dias e, só então, foi em busca de ajuda.
Com terapia e medicamentos – dos quais
já está livre -, o Padre conseguiu se afastar das crises limitantes e
hoje se sente mais consciente e lúcido sobre a própria ansiedade e
“mania de querer abraçar o mundo”. “Tive pretensão que eu dava conta de
tudo. Me iludia muito que estava feliz com aquele acúmulo. Não estava
feliz. Perdi ilusão da pretensão de dar conta de tudo”, conta.
Investindo, ainda, em acompanhamento psicológico e na busca por elevação espiritual, Padre Fábio de Melo diz ainda ter medo de desenvolver novas crises: “não posso dizer que estou curado”, afirma.
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