"A MALA FOI GRANDE"
Gilmar Mendes: 'Graves acusações caluniosas' (Evaristo Sa/AFP)
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes,
pediu neste sábado uma investigação sobre um áudio que circula nas
redes sociais e que o acusa de receber propina para soltar o
ex-governador do Rio Anthony Garotinho e para tirar a tornozeleira de
Rosinha Garotinho. O pedido foi feito ao Corregedor Nacional de Justiça,
ministro João Otávio Noronha, e ao diretor-geral da Polícia Federal
(PF), Fernando Segovia.
O áudio é atribuído ao juiz eleitoral Glaucenir Oliveira, da
Vara de Campos dos Goytacazes, que mandou prender Garotinho. O
magistrado não foi localizado para comentar a veracidade da gravação.
No áudio, o suposto juiz acusa Gilmar de “melar o trabalho
sério” da Justiça. “Segundo os comentários que ouvi hoje, comentários
sérios de gente lá de dentro, é que a mala foi grande”, afirma o autor
da gravação. Outro trecho afirma que o presidente do TSE mandou soltar
Garotinho e liberar Rosinha do uso de tornozeleira em troca de uma
“quantia grande”. A gravação circulou principalmente em grupos de
WhatsApp de juízes e procuradores.
O casal Garotinho foi
preso em novembro na operação que investiga supostas irregularidades na
campanha eleitoral do político ao governo do Rio em 2014. São apurados
os crimes de corrupção, concussão, participação em organização criminosa
e falsidade na prestação das contas eleitorais. Anthony e Rosinha
Garotinho negam as acusações.
Na nota em que pede a investigação das “graves acusações
caluniosas”, Gilmar afirma que todas as suas decisões são “pautadas pelo
respeito às leis e à Constituição Federal”. Confira abaixo o comunicado
do presidente do TSE:
“O ministro Gilmar Mendes solicitou providências ao
Corregedor Nacional de Justiça, ministro João Otávio Noronha e
instauração de inquérito ao diretor-geral da Polícia Federal, Fernando
Segóvia, a respeito do áudio que circulou hoje nas redes sociais no qual
são feitas graves acusações caluniosas à sua pessoa e às recentes
decisões tomadas por ele. Também foram comunicados o presidente e o
corregedor do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. O ministro Gilmar
reitera que suas decisões são pautadas pelo respeito às leis e à
Constituição Federal”
(Com Estadão Conteúdo)
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